Espiritismo não pode ser –
e não é! – uma religião como as demais, porque tampouco é somente doutrina
religiosa.
Por este
motivo:
-
não deve se formalizar,
-
preocupar-se com conversões,
-
criar qualquer espécie de ritual,
-
estabelecer censura ao pensamento alheio,
-
valer-se de rótulos como, por exemplo, o famigerado
“antidoutrinário”,
-
almejar uniformidade de opiniões,
-
menosprezar a crença de quem seja,
-
crer na infalibilidade dos comunicados de além-túmulo que constam de suas Obras,
e que, consequentemente, elas não necessitem de
ampliação,
-
pretender a hegemonia espiritual,
-
evocar para si a “propriedade” do Mundo dos
Espíritos,
-
admitir a superioridade de seus “guias”,
-
supor que os seus adeptos estejam na vanguarda do progresso moral da
Humanidade,
-
aceitar que os seus tarefeiros encarnados sejam espíritos investidos de
transcendente missão, que se sobreponha à daqueles que militam em outros setores
no bem da coletividade,
-
fomentar ilusões quanto à rápida generalização de seus
Princípios,
-
fazer acreditar que nada mais exista para ser
revelado,
-
permitir que os seus seguidores ignorem a necessidade de sua constante renovação
íntima,
-
pontificar de cátedras de um falso academicismo,
-
aplaudir a generosidade que, em todos os que lhe abraçam os postulados de fé,
não passa de simples dever a cumprir,
-
habilitar médiuns com diplomas e troféus, comendas e
medalhas,
-
concordar em que a vaidade e o personalismo prevaleçam em suas supostas
lideranças,
-
impor suas próprias convicções à liberdade de escolha das
pessoas,
-
desvendar, com minúcias, o passado, como quem possua alguma autoridade para se
imiscuir no destino alheio,
-
participar de excomunhões intramuros,
-
empreender, em nome de uma chamada “pureza doutrinária”, cruzadas que objetivem
alijar companheiros do trabalho sincero,
-
endossar a arbitrariedade ridícula de dirigentes que estejam à frente de Grupos,
e que não possuam o menor senso de autocrítica...
O
Espiritismo verdadeiro, que é o Cristianismo genuíno, não deve, sob pena de
lamentáveis equívocos, consentir que nenhum de seus tutelados se esqueça das
sábias palavras do Cristo: “... quem quiser tornar-se grande entre
vós, será esse o que vos sirva.”
Porque, de fato, todo
aquele que quiser tornar-se grande sem apequenar-se no espírito de serviço, não
servirá para fazer a maior grandeza do Espiritismo.
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 11 de maio de
2015
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