Como consideramos Jesus
Em entrevista concedida por
Chico Xavier ao professor Herculano Pires (escritor, jornalista, filósofo), no
início de 1972, ele falou sobre a maneira pela qual considera Jesus. O texto foi
publicado no livro "Na era do espírito" , por Herculano Pires.
É importante
frisar que as palavras de Chico Xavier apresentam, de forma sucinta, os
ensinamentos de Benfeitores Espirituais, registrados em várias obras por ele
psicografadas.
“Do que posso pessoalmente compreender, dos ensinamentos dos
Espíritos amigos, consideramos Jesus Cristo como sendo Espírito de evolução
suprema, em confronto com a evolução dos chamados terrícolas que somos nós
outros. Não o senhor do sistema solar, com todo o respeito que temos a
personalidade sublime de Jesus, mas consideramo-lo como supremo orientador da
evolução moral do planeta.
E os Espíritos como Buda, como Zoroastro, como
aqueles outros grandes instrutores da Índia e da Grécia, por exemplo, que eram
considerados orientadores ou chefes de grandes movimentos mitológicos, serão
ministros do Cristo, pois não temos ainda outra definição para classificá-los,
dentro dos nossos parcos conhecimentos a respeito da nossa História no lado
espiritual da vida.
Vemos que Jesus convidou doze discípulos. Eram discípulos
humanos tanto quanto nós, para que não fossemos instruídos por anjos, pois senão
nada entenderíamos da Doutrina do Cristo. Teríamos de entender a doutrina com os
discípulos também humanos, frágeis portadores de deficiências como as nossas,
embora respeitemos, nos doze, personalidades eminentemente elevadas em confronto
com a nossa posição atual na Terra. Mas, do plano espiritual, Ministros do
Senhor cooperaram, cooperam e cooperarão sempre para que a nossa personalidade
se consolide cada vez mais no plano físico.
Nós estamos, vamos dizer, no
limiar da era do espírito, mas estamos ainda sacudidos por grandes calamidades
psicológicas, como a Terra no seu início, como habitação sólida, esteve
movimentada por grandes convulsões. Psicologicamente estamos sacudidos por esses
movimentos que dificultam a nossa compreensão. Mas os Ministros do Senhor estão
cooperando para que alcancemos a segurança, com a estabilidade precisa, para que
o planeta seja realmente promovido a mundo de paz e felicidade para todos os
seus habitantes.
O Criador, a nosso ver, conforme ensinam Espíritos amigos
que nos visitam, é o Criador. Não podemos ainda ter outra definição de Deus mais
alta do que aquela de Jesus Cristo quando o chamou de Pai Nosso. Além disso, a
nossa mente vagueia como se estivéssemos em águas demasiadamente profundas, sem
recursos para tatear a terra sólida. Pai Nosso, Deus Criador do Universo. Então,
a força que Deus representa ter-se-ia manifestado em Jesus Cristo para que Ele,
como um grande engenheiro, de mente quase divina, pudesse realizar prodígios sob
a inspiração de Deus na plasmagem, na estruturação do mundo maravilhoso que
habitamos. Mas não consideramos Jesus como Criador, conquanto o respeito que lhe
devemos.”
(Tema abordado na reunião pública do dia 10 de dezembro de 2012)
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