2.3.21

Delicadeza

Ora, pois, o que vem a ser a delicadeza? 
Nada mais é de o ato de ser doce para com todos. Docilidade e delicadeza andam de mãos dadas para chegarem ao mesmo objetivo: bem-conduzir as relações interpessoais. 
- Falar é fácil, Helder, quero ver ser delicado é todo o dia com todos. 
Eu sei que não é fácil e nem estou afirmando isso, mas quero dizer da imprescindibilidade de sermos nós o centro da delicadeza onde quer que estejamos. 
Ao ser delicado, gentil, cortês, doce, vamos distribuindo o bem aos outros. 
Quem está severo, ameniza no seu rigor. 
Quem está febril, acalma-se. 
Quem está intransigente, se torna flexível. 
Quem nada quer saber, se torna aberto ao outro. 
Tudo isso fruto da delicadeza. 
De outro modo, vamos apenas fechar portas. 
Quem é severo, rigoroso, rude, somente encontra pela sua frente portas fechadas. 
Ser doce significa tratar o outro com respeito e amor. Isso, porque somente tratamos bem quando mantemos com o outro uma relação amorosa. 
Quem é egoísta, quem apenas pensa em si e em mais ninguém já chega nos lugares impondo a sua vontade. 
Quem, porventura, no uso das suas atribuições ou no colóquio do dia a dia poderia ajudar alguém e retraiu-se somente porque foi maltratado? 
Pois bem, todos deveriam ter o lema de ser delicado com o próximo, mesmo que o outro, teoricamente, não mereça.
Sendo você o objeto da docilidade, o outro verá a sua “estupidez” e tenderá a mudar de comportamento. 
Quando alguém me xingava, me dizia umas coisas pesadas ou sequer prestava atenção a mim, eu tentava, amorosamente, delicadamente, tratá-lo como se fosse meu irmão – que, de fato, o era. 
- Meu irmão, por favor... 
Às vezes, alguém dizia: 
- Não sou seu irmão! 
Este precisa, ainda mais, de nossa delicadeza. 
Ah! Se no mundo inteiro as pessoas fossem mais delicadas, que transformação estonteante seria. 
Meus queridos, despeço-me por esta hora, mas voltarei. 
Com meu abraço e meu desejo de paz! 
Helder Camara - Blog Novas Utopias

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