Duas mãos que se abrem num
gesto de pedir.
Duas mãos que se fecham no
ato de não mais permitir.
O que são as mãos senão o
espelho da alma.
Mãos que agradecem.
Mãos que suplicam perdão.
Mãos que acariciam outras
mãos.
Mãos que se elevam aos céus
clamando justiça e paz.
Mãos que abraçam e que não
queremos deixá-las jamais.
Mãos que apontam caminhos.
Mãos que fazem a vida ter
sentido na oração.
Mãos que acenam adeuses e
choram a partida alheia.
Mãos que dizem não.
Mãos que protegem a face da
vergonha.
Mãos que se embaraçam lavando
as próprias mãos.
Mãos que indicam surrupião.
Mãos que enxugam lágrimas.
Mãos que demonstram que
estamos a pensar.
Todos os gestos das mãos têm
o seu significado próprio e original. É uma forma de se encontrar com o mundo.
Usem as mãos.
Falem com as mãos.
Gritem com as mãos.
Mas que elas sejam, o máximo
que você puder, uma possibilidade de levar amor e carinho a quem elas
encontrar.
Que tuas mãos sejam, de
verdade, o reflexo da tua alma.
Hélder Câmara – Blog Novas
Utopias
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