É preciso querer amar e não
simplesmente esperar que o amor aconteça nas nossas vidas.
É preciso procurar as razões
para aprender a amar, pois, pelo que se sabe, amar é algo que dá prazer na
vida.
Eu já amei muito e bem pouco
daquilo que o amor pode me proporcionar e posso assegurar que não há nada mais
especial do que amar.
O amor a Deus é o primeiro
deles. Porque imaginar-se só, produto do acaso, é muito pobre para o ser
humano. Quando se admite a hipótese de ser um ente divino na Terra à medida que
fomos criados por Ele isso nos agiganta a existência. Ele responde do seu jeito
porque o amor de Deus literalmente cobre uma multidão de nossos pecados.
O outro amor, igualmente
necessário, é o de amar aos outros, o próximo, o seu irmão de caminho. Aquele
que está ao seu lado, mas também aquele distante, o que foi vítima de alguma má
sorte, mas que seu coração se queda de amor por ele. Próximo, neste caso, nada
tem a ver com proximidade física, mas com aquele que é igual a você em
humanidade. Este amor é que é a antítese do egoísmo, beira ao que se
convencionou chamar de altruísmo. Sair-se de si e ir ao encontro do outro.
Amar a si mesmo, porém, é
questão fundamental. Como podemos pensar em amar o Divino e o nosso irmão se
nem conseguimos amar a nós mesmos?
Sei da dificuldade disso, por
incrível que possa parecer, mas muita gente não consegue se amar. Está sempre
achando um defeito em si e na vida. Não se gosta o suficiente e, deste modo, é
extremamente infeliz. Pobre criatura que ainda não descobriu a essência divina
em si mesma.
Pois bem, o prazer de amar
está naturalmente na ascensão que ele nos proporciona diante das dificuldades
momentâneas, das intempéries da vida, das frustrações que o outro pode lhe
proporcionar, por desgosto de viver e um sem número de outros malefícios.
Amar dulcifica a vida. Põe
mais gosto em tudo, ou seja, funciona como sal da vida também. É o tempero
indispensável para se viver bem.
Pergunte a alguém que ama,
que tem a oportunidade de amar alguém de verdade ou se ama, se ela não é
profundamente feliz?
Amar, porém, não pede
consequência pelo ato de amar. Quem ama não cria exigência nem expectativa do
outro. Ele ama pelo simples prazer de amar.
Amar é divino porque
representa o próprio reflexo de Deus em nós, haja vista que Ele é somente amor.
Amem, desesperadamente amem!
Amem com consciência do que é amar, porque quem ama de verdade nunca sofre.
Eu amo todos os dias a
oportunidade de viver. Cada pingo de vida me faz feliz e agradeço ao Pai da
vida por esta possibilidade inenarrável de viver e ser feliz.
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
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