Questão 220 de "O Livro
dos Espíritos"
Automaticamente, por força da
lógica, elege o homem na contabilidade uma das forças de base ao próximo
caminho.
Contas maiores legalizam as
relações do comércio, e contas menores regulamentam o equilíbrio do lar.
Débitos pagos melhoram as
credenciais de qualquer cidadão, enquanto que os compromissos menosprezados
desprestigiam a ficha de qualquer um.
Assim também, para lá do
sepulcro, surge o registro contábil da memória como elemento de aferição do
nosso próprio valor.
A faculdade de recordar é o
agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.
Dessa forma, se os atos
louváveis são recursos da alma, as ações infelizes se erguem, além do túmulo,
por fantasmas de remorso e aflição no mundo da consciência.
Crimes perpetrados, faltas cometidas,
erros deliberados, palavras delituosas e omissões lamentáveis esperam-nos a
lembrança, impondo-nos, em reflexos dolorosos, o efeito de nossas quedas e o
resultado de nossos desregramentos, quando os sentidos da esfera física não
mais nos acalentam as ilusões.
Não olvides, assim, que, além
da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que,
nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é
sempre o espelho que nos retrata o passado, a fim de que a sombra, reinante em
nós, se dissolva, nas lições do presente, impelindo-nos a seguir, desenleados
da treva, no encalço da perfeição com que nos acena o futuro.
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