Reunião pública de 12-6-59
Questão nº 930
Que é preciso trabalhar na
conquista honesta do pão, todos sabemos.
Obrigação para cada um, no
edifício social, é problema pacífico.
Não ignoramos, porém, que
muitos companheiros do caminho permanecem à margem, esquecidos na carência,
mergulhados na provação, chafurdados na delinquência, agoniados no desespero e
penitentes na enfermidade...
Quem são, no mundo, os
chamados para lhes prestarem socorro, em nome do Cristo?
Dizes que são os
administradores; contudo, os administradores, via de regra, jazem inquietos,
criando verbas e leis.
Dizes que são os políticos;
entretanto, frequentemente, os políticos andam apreensíveis na arregimentação
partidária, estudando interesses e decisões.
Dizes que são os cientistas;
todavia, os cientistas quase sempre estão concentrados em suas pesquisas,
multiplicando indagações e dúvidas infindáveis.
Dizes que são os filósofos;
mas os filósofos, na maioria das vezes, respiram encarcerados em suas
doutrinas, alentando tribunas e discussões.
Dizes que são os milionários;
todavia, os milionários comumente sofrem responsabilidades sem conta,
fiscalizando posses e haveres.
Dizes que são os
comerciantes; contudo, os comerciantes muitas vezes, caminham absorvidos em
suas transações, conjugando assuntos de compra e venda.
Tão pejados de compromissos
vivem na Terra os governantes e os legisladores, os matemáticos e os
intelectuais, os abastados e os negociantes, que serão todos eles categorizados
sempre à conta de filantropos e heróis, benfeitores e apóstolos, toda vez que
forem vistos nas faixas mais simples da caridade.
Lembra-te de Jesus, quando
passou entre os homens cumprindo a Lei de Deus.
Em circunstância alguma
formulou exigências e apelos aos titulados da Terra.
Em todos os lugares e em
todos os serviços, irmanavam-se, Ele e o povo, na execução da solidariedade em
nome do amor Divino.
Assim, pois, se lembramos
Jesus com fidelidade, quem deve alimentar os famintos e agasalhar os nus,
sossegar os aflitos e consolar os que choram, instruir os ignorantes e apoiar
os desfalecentes, antes de qualquer cristão desmemoriado ou inibido, somos
sempre nós mesmos.
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