ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
No capítulo VIII –
“Inesperada Intercessão” –, André Luiz, Gúbio e Elói são, finalmente, recebidos
por Gregório, que “rodeava-se de mais de cem entidades em atitude adorativa”.
Qual seria o poder que
Gregório exercia sobre tais espíritos?! Hipnótico?! Que espécie de dependência,
por certo, continuavam a ter dele?! O próprio André questiona: “Quem seria
Gregório naquele recinto? Um chefe tirânico ou um ídolo vivo, saturado de
misterioso poder?”
Gregório era ali adorado como
se fosse um deus, à feição dos antigos imperadores romanos... E o mais
incompreensível é que ele tinha perfeita noção de que se encontrava
desencarnado, mas continuava em seu “jogo ilusório”, submetendo aos seus
caprichos tantos espíritos que se lhe obedeciam...
O sacerdote, então, passa a
arguir Gúbio, que confirma ali estar em nome de “Matilde”, e, ao simples
enunciar de seu nome, experimenta certo abalo.
Gúbio lhe diz:
- Asseverou-nos querer-te com
desvelado amor materno.
Então, o sacerdote esclarece
que ambos, ele e sua mãe, estavam separados há alguns séculos, sentenciando:
- (...) Ela serve ao
Cordeiro, eu sirvo aos Dragões. (*)
(*) Aqui solicitamos a
permissão de nossos irmãos e irmãs internautas para indicarmos a leitura da
obra de nossa lavra espiritual, “Do Outro Lado do Espelho” – edição Didier.
*
Esclarecendo sobre os
“Dragões”, André Luiz acrescenta uma nota de rodapé:
“Espíritos caídos no mal,
desde eras primevas da Criação Planetária, e que operam em zonas inferiores da
vida, personificando líderes de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são,
todavia, demônios eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no
curso dos séculos, qual acontece aos próprios homens.”
Duas observações de nossa
parte:
1 – “... desde épocas
primevas da Criação Planetária...”, portanto, muitos deles, são espíritos
rebelados há séculos e milênios.
2 – “... não são, todavia,
demônios eternos...”, mas, dentro da relatividade do tempo, podem ser
considerados “demônios”, espíritos que se colocam a serviço de inteligências
que buscam “a perversão dos processos divinos que orientam a evolução
planetária.” (Cap. I, de “Libertação” – “Ouvindo Elucidações”)
*
Aduzimos que os denominados
“Dragões” possuem numerosos “agentes”, no corpo e fora do corpo, que, ao longo
dos séculos, têm procurado entravar o avanço da Humanidade – nem mesmo a
própria Doutrina Espírita lhes têm escapado à perniciosa influência, na
tentativa de lhe deturpar os Princípios.
*
Entre Gregório e Gúbio,
estabelece-se, então, quase um confronto de ordem intelectual, como se
passassem a duelar com invisíveis floretes – Gúbio, evidentemente, procurava
terçar com as armas do amor, que outras não poderiam ser as que ele portava.
- Criticas, porventura, os
Dragões, que se incumbem da Justiça? – perguntou Gregório, duramente.
- Quem sou para julgar? –
comentou Gúbio com simplicidade – não passo dum servidor na escola da vida.
- Sem eles – prosseguiu o
hierofante, algo colérico, que seria da conservação da Terra?
*
Sim, existem espíritos que se
arvoram em tomar uma suposta justiça em suas mãos, e, no caso dos “Dragões”, a
Justiça, escrita com J, querendo significar a Justiça Divina!
Esses espíritos, que
conhecemos, repetindo, no corpo e fora do corpo, valem-se de sofismas que, não
raro, chegam a convencer aqueles que não estejam fortemente amparados pelos
seus propósitos no Bem.
São eles que, com falsos
milagres e prodígios, quase chegam a enganar os próprios “escolhidos”...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 15 de abril de
2019.
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