8.4.19

O Brilho do Amor


A singeleza da vida se expressa de mil formas.
Ao entardecer, o sol se vai em brilhos fugidios lá no horizonte. Ninguém mais o vê em dado momento e ele desaparece.
Chega a noite aos pouquinhos e depois se estabelece completamente.
É negra a noite, escura demais. E para abrilhantá-la aparecem as estrelas a colimar com sua luz a nossa vista.
Pingos de luz que se juntam no infinito de nossos olhos.
Negra a noite, cheia de luz.
Aos poucos, porém, essa escuridão também se vai.
Lá distante, de onde partiu, volta o sol. Lança seus primeiros raios. Assim, do mesmo jeito que se foi ele retorna.
Aos poucos, se faz pleno novamente. Uma luz tão profunda e intensa que irradia a todos a sua presença. Quando menos percebemos, ele está de volta e o mundo outra vez é todo luz.
Assemelho a esse espetáculo da vida diária, que nos proporciona a mãe natureza, a presença do Cristo em nossas vidas.
Há muito tempo, Ele retornou para os páramos do espírito. Deixou a sua luz no firmamento das nossas almas. Nós sabíamos que ela existe e ele nos deixou, pingo a pingo, gente a gente, o amor nas criaturas. Como a nos dizer: “Deixe brotar essa miniatura de amorosidade que ela se transformará numa grande luz na terra.”
Pois bem, cada um de nós é responsável por fazer brilhar fortemente a luz do amor.
Quando permitimos que o amor brilhe em nossos corações, ele começa a tomar conta de todo o nosso ser.
Quando vemos, já somos todos amor.
Viramos estrelas do Pai na terra.
Quando, finalmente, todos fizerem o mesmo ritual de transformação amorosa, o mundo inteiro será somente de luz.
É essa a metáfora divina no entardecer e no alvorecer do mundo.
A luz se foi há dois mil anos e ela está para retornar. Pouco a pouco, vamos transformar a humanidade transformando-nos a nós mesmos.
Brilhe a vossa luz! - clamou o mestre das nossas vidas.
Brilhemos o nosso amor para que Deus e o Cristo se façam presentes na terra, hoje e sempre, porque somente o amor é eterno.

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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