A singeleza da vida se
expressa de mil formas.
Ao entardecer, o sol se vai
em brilhos fugidios lá no horizonte. Ninguém mais o vê em dado momento e ele
desaparece.
Chega a noite aos pouquinhos
e depois se estabelece completamente.
É negra a noite, escura
demais. E para abrilhantá-la aparecem as estrelas a colimar com sua luz a nossa
vista.
Pingos de luz que se juntam
no infinito de nossos olhos.
Negra a noite, cheia de luz.
Aos poucos, porém, essa
escuridão também se vai.
Lá distante, de onde partiu,
volta o sol. Lança seus primeiros raios. Assim, do mesmo jeito que se foi ele
retorna.
Aos poucos, se faz pleno
novamente. Uma luz tão profunda e intensa que irradia a todos a sua presença.
Quando menos percebemos, ele está de volta e o mundo outra vez é todo luz.
Assemelho a esse espetáculo
da vida diária, que nos proporciona a mãe natureza, a presença do Cristo em
nossas vidas.
Há muito tempo, Ele retornou
para os páramos do espírito. Deixou a sua luz no firmamento das nossas almas.
Nós sabíamos que ela existe e ele nos deixou, pingo a pingo, gente a gente, o
amor nas criaturas. Como a nos dizer: “Deixe brotar essa miniatura de
amorosidade que ela se transformará numa grande luz na terra.”
Pois bem, cada um de nós é
responsável por fazer brilhar fortemente a luz do amor.
Quando permitimos que o amor
brilhe em nossos corações, ele começa a tomar conta de todo o nosso ser.
Quando vemos, já somos todos
amor.
Viramos estrelas do Pai na
terra.
Quando, finalmente, todos
fizerem o mesmo ritual de transformação amorosa, o mundo inteiro será somente
de luz.
É essa a metáfora divina no
entardecer e no alvorecer do mundo.
A luz se foi há dois mil anos
e ela está para retornar. Pouco a pouco, vamos transformar a humanidade
transformando-nos a nós mesmos.
Brilhe a vossa luz! - clamou
o mestre das nossas vidas.
Brilhemos o nosso amor para
que Deus e o Cristo se façam presentes na terra, hoje e sempre, porque somente
o amor é eterno.
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
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