– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
O diálogo de Gúbio com
Gregório desdobra-se no capítulo VIII, com o elevado Instrutor, em nome de
Matilde, tentando sensibilizar o chefe dos “Dragões”, solicitando auxílio para
libertar Margarida de insidioso processo obsessivo que a estava aniquilando.
Gúbio argumenta:
- Se ainda não consegues
ouvir os recursos interpostos pela Lei do Cordeiro Divino que nos recomenda o
amor recíproco e santificante, não te ensurdeças aos apelos do coração materno.
Ajuda-nos a liberar Margarida, salvando-a da destrutiva perseguição. Não se faz
imperioso o teu concurso pessoal. Bastar-nos-á tua indiferença, a fim de que
nos orientemos com a precisa liberdade.
Meditemos sobre o grave
pedido de intercessão... Como veremos adiante, Margarida estava sob o domínio
de obsessores cruéis, que pretendiam fazer justiça pelas próprias mãos.
Indispensável obter-se o perdão, ou, pelo menos, uma trégua de suas vítimas de
outrora, para que ela pudesse se reerguer em espírito, colocando ponto final
naquele drama de ódio que, sem dúvida, poderia arrastar-se por muito tempo.
*
Gúbio, em suas palavras, ousa
dizer a Gregório:
- (...) Auxilia-nos a
conservar aquela existência valiosa e frutífera. Ajudando-nos, quem sabe?
Talvez pelos braços carinhosos da vítima de hoje poderias, tu mesmo, voltar ao
banho lustral da experiência humana, renovando caminhos para glorioso futuro.
Ao que Gregório responde:
- Qualquer ideia de volta à carne
me é intolerável!
*
Indispensável muita
sensibilidade de espírito para compreender a narrativa de André Luiz, que, há
muitos, é possível que soe algo fantasiosa...
Margarida, por certo, em
termos psicológicos, e mesmo genéticos, talvez representasse, com o aval de
Matilde, que lhe fora mãe no pretérito, uma das poucas possibilidades de
renascimento para Gregório, que vinha relutando em cuidar da própria redenção,
conservando-se na Dimensão Espiritual em que se aquartelara.
Notemos como, não raro, se torna
complexa a tentativa de se desfazer determinados “nós cármicos”, notadamente
quando os envolvidos não se mostram dispostos a perdoar...
*
Gúbio, porém, não desanima:
- Sabemos, grande sacerdote –
continuou Gúbio, muito calmo –, que sem a tua permissão, em vista dos laços que
Margarida criou com a tua mente, poderosa e ativa, ser-nos-ia difícil qualquer
atividade libertadora. Promete-nos independência de ação! Não te pedimos sustar
a sentença, nem pretendemos inocentar Margarida. Quem assume compromissos
diante das Leis Eternas é obrigado a encará-los, de frente, agora ou mais
tarde, para resgate justo. Rogar-te-íamos, contudo, adiamento na execução de
teus propósitos. Concede à tua devedora um intervalo benéfico, em homenagem aos
desvelos de tua mãe e, possivelmente, os dias se encarregarão de modificar este
processo doloroso.
Emocionante, confesso!...
Volto a dizer que, sem o
mínimo de sensibilidade e de compreensão da transcendência da Vida, difícil
admitir-se a autenticidade de tão doloroso caso de obsessão...
Os espíritos, desde os que se
situam nas faixas primárias da evolução aos que atingiram a sua plenitude, são
os “agentes” das Leis Divinas – alguns se fazem duros executores da Justiça, e
outros os ternos intérpretes do Amor!...
JESUS, sobre a Terra, foi o
INTÉRPRETE DO AMOR DIVINO!...
Nisto se constitui o Bem e o
mal, a luta milenar travada entre os Cordeiros e os Dragões!...
Você, querido/a internauta,
consegue APREENDER isto?!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 29 de abril de
2019.
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