29.4.19

XLV – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

O diálogo de Gúbio com Gregório desdobra-se no capítulo VIII, com o elevado Instrutor, em nome de Matilde, tentando sensibilizar o chefe dos “Dragões”, solicitando auxílio para libertar Margarida de insidioso processo obsessivo que a estava aniquilando.
Gúbio argumenta:
- Se ainda não consegues ouvir os recursos interpostos pela Lei do Cordeiro Divino que nos recomenda o amor recíproco e santificante, não te ensurdeças aos apelos do coração materno. Ajuda-nos a liberar Margarida, salvando-a da destrutiva perseguição. Não se faz imperioso o teu concurso pessoal. Bastar-nos-á tua indiferença, a fim de que nos orientemos com a precisa liberdade.
Meditemos sobre o grave pedido de intercessão... Como veremos adiante, Margarida estava sob o domínio de obsessores cruéis, que pretendiam fazer justiça pelas próprias mãos. Indispensável obter-se o perdão, ou, pelo menos, uma trégua de suas vítimas de outrora, para que ela pudesse se reerguer em espírito, colocando ponto final naquele drama de ódio que, sem dúvida, poderia arrastar-se por muito tempo.
*
Gúbio, em suas palavras, ousa dizer a Gregório:
- (...) Auxilia-nos a conservar aquela existência valiosa e frutífera. Ajudando-nos, quem sabe? Talvez pelos braços carinhosos da vítima de hoje poderias, tu mesmo, voltar ao banho lustral da experiência humana, renovando caminhos para glorioso futuro.
Ao que Gregório responde:
- Qualquer ideia de volta à carne me é intolerável!
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Indispensável muita sensibilidade de espírito para compreender a narrativa de André Luiz, que, há muitos, é possível que soe algo fantasiosa...
Margarida, por certo, em termos psicológicos, e mesmo genéticos, talvez representasse, com o aval de Matilde, que lhe fora mãe no pretérito, uma das poucas possibilidades de renascimento para Gregório, que vinha relutando em cuidar da própria redenção, conservando-se na Dimensão Espiritual em que se aquartelara.
Notemos como, não raro, se torna complexa a tentativa de se desfazer determinados “nós cármicos”, notadamente quando os envolvidos não se mostram dispostos a perdoar...
*
Gúbio, porém, não desanima:
- Sabemos, grande sacerdote – continuou Gúbio, muito calmo –, que sem a tua permissão, em vista dos laços que Margarida criou com a tua mente, poderosa e ativa, ser-nos-ia difícil qualquer atividade libertadora. Promete-nos independência de ação! Não te pedimos sustar a sentença, nem pretendemos inocentar Margarida. Quem assume compromissos diante das Leis Eternas é obrigado a encará-los, de frente, agora ou mais tarde, para resgate justo. Rogar-te-íamos, contudo, adiamento na execução de teus propósitos. Concede à tua devedora um intervalo benéfico, em homenagem aos desvelos de tua mãe e, possivelmente, os dias se encarregarão de modificar este processo doloroso.
Emocionante, confesso!...
Volto a dizer que, sem o mínimo de sensibilidade e de compreensão da transcendência da Vida, difícil admitir-se a autenticidade de tão doloroso caso de obsessão...
Os espíritos, desde os que se situam nas faixas primárias da evolução aos que atingiram a sua plenitude, são os “agentes” das Leis Divinas – alguns se fazem duros executores da Justiça, e outros os ternos intérpretes do Amor!...
JESUS, sobre a Terra, foi o INTÉRPRETE DO AMOR DIVINO!...
Nisto se constitui o Bem e o mal, a luta milenar travada entre os Cordeiros e os Dragões!...
Você, querido/a internauta, consegue APREENDER isto?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 29 de abril de 2019.

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