“...Marialva cerrou os olhos,
mas as lágrimas foram mais fortes banhando-lhe o rosto. Ia retirar-me, porém me
detive observando os irmãos do Departamento do Desencarne. Esperei que
completassem o trabalho, porque eu desejava estreitar um abraço amigo na sofrida
e abandonada Marialva, que se assemelhava a um passarinho pronto a voar. À
medida que o laço fluídico se afrouxava, ela foi adormecendo o seu duplo pairou
sobre o corpo físico. Preparava-se para renascer no mundo espiritual. Sua veste
física foi esfriando – era a separação dos corpos materiais e fluídicos. Ainda
tentou acordar, mas o estado de sonolência foi mais profundo e ela, ao
adormecer viu-se projetada no mundo dos espíritos. Sorriu para nós e alegrou-se
quando Paulinho, seu velho pai, a abraçou com amor. Marialva teve um desencarne
tranquilo, mas mesmo assim os trabalhadores do Senhor ali permaneceram dando ao
seu espírito a merecida assistência. Quando a sua colega percebeu o desenlace e
deu o alarme, os espíritos já a haviam levado para um outro hospital...”.
Pequeno trecho do livro:
“Lírios Colhidos” de Irene P. Machado, espírito Luiz Sergio
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