Questão 389 do Livro dos
Espíritos
A repulsão instintiva de uma
pessoa para com a outra é antipatia que vem do passado ou, igualmente, instinto
com diferenciação na sua estrutura intrínseca.
Cada um de nós geramos um
tipo de magnetismo, cuja força é boa ou má, dependendo dos sentimentos que
imprimimos nessas vibrações. Cabe a cada um analisar o seu magnetismo e cuidar
dele, de modo que seu uso seja de proveito para si e para os outros. Torna-se
justo que possamos também verificar o tipo de magnetismo dos outros, sem
alarde, somente para indicação do que devemos fazer em favor do irmão em pauta.
Se sentimos ou viermos a
sentir repulsão por alguém em caminho, em família, que é o mais comum, não nos
revoltemos com essa depressão magnética do irmão; aliviemos seu fardo com
orações em seu favor, pedindo a Deus para que abra os canais da amizade, e o
melhor meio é a força da caridade, de maneira a atingir seu coração.
Quando a antipatia é do
passado, ela se enraíza mais nas fibras da alma e os dois antagonistas, ao se
encontrarem, permutam um campo de força negativa entre si, intoxicando os
centros de força, o que, ao mesmo tempo, afeta o sistema nervoso, deprimindo os
órgãos do corpo físico.
Assim como o ódio é o inferno
vivo dentro da alma, o amor é o céu no país da consciência. A Doutrina dos Espíritos,
essa beleza espiritual para cuja codificação Allan Kardec serviu de
instrumento, nos mostra o Cristo na Sua plenitude, despejando ensinamentos por
todos os lados e nos fazendo entender os mais puros conceitos de vida.
Kardec foi, no século
passado, o mais lúcido discípulo de Jesus que pisou o solo da nossa querida
França, com a missão de acender a luz para todo o mundo. O grande valor da
Doutrina dos Espíritos é não ser estática; ela avança com o progresso em todas
as necessidades de caminhar, subindo para planos que o homem ainda não percebe.
É de posse da filosofia espírita que vamos limpando nossa vida de todas as
antipatias que sintamos. Caminhos limpos, felicidade à vista.
A repulsão instintiva vem de
vibrações antagônicas, ao passo que o amor é luz atrativa que se acende nos
Espíritos que se amam. Os Espíritos inimigos que se reconhecem sem se falarem,
captam as vibrações uns dos outros, servindo-lhes de instrumento o corpo
físico.
Jesus Cristo foi a mensagem
do amor para a humanidade e foi usando Seu amor mais puro que Ele curou os
enfermos, levantando paralíticos e refazendo corpos danificados. Foi com esse
amor que Ele, o Mestre dos mestres, mostrou para todos nós o caminho, a verdade
e a vida.
Devemos limpar da mente
alguma antipatia que por acaso tenhamos de alguém, para não atravessarmos o
túmulo alimentando o ódio e a vingança. Esse estado de alma nos leva à
perturbação constante, até que reconheçamos o valor do perdão, aquele que tudo
esquece, para dar lugar ao amor.
Livro: Filosofia Espírita –
João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em
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