O que se avexa hoje no
Brasil?
Que distúrbios que ocorrem
que são propícios para um desígnio maior da nossa gente?
O que podemos fazer de nossa
parte para ajudar o País a alcançar o seu desiderato espiritual?
Estas perguntas são
absolutamente pertinentes no momento atual, haja vista que passamos por grave
crise em vários setores da vida nacional e não desejamos que isto se perpetue
para sempre.
Em primeiro lugar, devemos
ter um diagnóstico o mais aproximado possível da realidade brasileira.
O que está em jogo neste
embate que se mostra nas ruas e ganha a mídia não é outro senão uma guerra pelo
poder. De um lado, os conservadores que tentam, a todo custo, alimentar e
manter o status quo. De outro, uma gente de vanguarda em valores e posições que
não encontra muito eco em suas manifestações.
Não utilizo, como se vê, o
adjetivo separatista de bons e maus, de certos e errados, mas utilizo, como
antes, o velho e atual jargão dos conservadores retrógrados e dos liberais
avançados.
Não é uma questão de
semântica de posições na economia, na educação, na política e nas questões
sociais, representa atender à expectativa maior da população, o mais breve
possível, da maneira para inclusivista que se puder, e que possa, acima de
tudo, ser sustentável ao longo do tempo.
O velho chavão
esquerda-direita ou direita-esquerda não serve mais. Tampouco imaginar que uns
são do lado do bem e o outro do lado do mal. Isto é uma chatice política que
não cabe mais nas grandes discussões da política.
Não adianta ter esquerdistas
que se vendem ao capital, de todas as formas possíveis de se imaginar, e
direitistas que não querem outra coisa senão a manutenção dos seus privilégios.
O que se pede, neste
quadrante da humanidade, é que se respeite o povo, seus direitos, suas
obrigações, sua dignidade. A subtração de direitos não pode acontecer, mas se
houver concertação das partes, num jogo equilibrado de relações, que se avance
nesta direção, se é, sobretudo, uma forma de ganho substancial.
O propósito do brasileiro, de
maneira geral, é viver bem, é ter sua vida em patamares dignos, agora e depois,
não a sua subjugação ao capital ou ao interesse vil.
Neste sentido, o que se puder
mudar para o bem geral que o faça, mas somente depois de muita conversa, de
muito entendimento, de muita negociação, de muita convergência.
Nenhuma das partes pode
sentar para o jogo da negociação querendo simplesmente que seus interesses
sejam automaticamente vencedores. Isso não. Deve-se analisar o contexto maior
que se está inserido e ter a coragem em adotar as posições que sejam
necessárias.
É natural, num momento de
ajustamento, que as partes se conflitem, que os interesses divirjam, não se
pode, porém, é adiar medidas que conjuntamente se mostrem ideais de serem
feitas.
Peço ao nosso grande Senhor
que ilumine as consciências envolvidas e que tenham discernimento para tomar as
grandes decisões em benefício da maioria.
O nosso destino, enquanto
País, é que sejamos a referência da civilização do bem e da paz, mas atualmente
não conseguimos dar passos significativos nesta direção, embora compreenda que
tudo que acontece obedece a um plano maior da Criação.
Façamos a nossa parte. Encorajemos
os nossos líderes. Tomemos posições. Pensemos no amanhã. Sejamos firmes no que
seja melhor para a nossa gente. Tudo ainda está por acontecer.
Sigamos juntos!
Joaquim Nabuco – Blog
Reflexões de um Imortal
Nenhum comentário:
Postar um comentário