De onde vem todas essas
coisas que vemos por aí nas ruas e na mídia?
Há um discurso oficial, falso
muitas vezes, e há um discurso real, crítico, na maioria delas.
Não é que um seja certo e o
outro automaticamente errado. Há verdades lá e cá, há abuso, de um lado e de
outro. O que prego é a conversa sincera, sem subterfúgios e sem interesses
mesquinhos.
O que penso é que todos devem
lutar por um mundo melhor, mais justo, mais igual, mais próspero para todos.
A realidade, porém, é
fictícia, sobretudo se vem com o carimbo oficial dos governos que naturalmente
somente enaltecem as coisas boas que imaginam fazer pelo povo.
Outro modo também é afirmar
que tudo que vem de uma suposta vontade popular condiz com a razão. Há,
igualmente, interesses envolvidos que sujam o âmago das causas defendidas.
Portanto, se não houver uma
trégua nas máscaras tudo que vai acontecer chama-se jogo de cena.
Não venham me dizer aqui que
debandei de lado somente porque virei espírito ou que seja um equívoco do
médium. Nem uma coisa nem outra. É que quando largamos do radicalismo puro
podemos ver com mais nitidez a realidade das coisas.
Uns se dizem os bons –
completamente não são.
Outros se dizem os inovadores
– muitos querem ver tudo sempre como está.
O discurso, maioria das
vezes, atende a um propósito. Para entendê-lo melhor é necessário ler tudo nas
entrelinhas. Há muito que não é dito, mas é o feito.
Compreendam, irmãos, que há
humanos em todos os lados. Sujeitos complexos, cheios de interesse muito
diversos.
Encontrar um meio termo a
tudo é desafio dos grandes, mas certamente não tem lugar quando se está num
embate afiado que se exige estar em um dos lados.
É esta a realidade que passa
o Brasil e outros países que se perdem nas suas questiúnculas internas e não
sabem direito para onde ir.
Manter o equilíbrio nesta
hora exata é difícil, mas indispensável.
O povo precisa pensar melhor.
Os políticos devem voltar, a sua maioria, a conjugar o verbo participar com
aqueles que os elegeram.
E é assim o embate da vida.
Certos e errados são todos uma questão de perspectiva, embora possamos tomar
posição diante daquele que se investe de beneficiar a maioria – a princípio.
Tudo possui seus dois lados.
Pesquisemos antes de tomarmos as nossas decisões fundamentais.
O Cristo a tudo vê e corrige,
de seu modo santo, os exageros cometidos, mas deseja ação de todos nós na
direção do bem e da paz.
Assim seja!
Helder Camara – Blog Novas Utopias
Nenhum comentário:
Postar um comentário