20.5.17

SONHOS DE OURO

Tornei a contemplar, depois da morte,
Da quietude da tarde à leve brisa,
Meu barco de papel que inda desliza
Sobre as águas tranquilas de outro norte.

Eu não sei por que mágico transporte,
Ou mistério, minh’alma assim divisa,
Na tela da memória, tão precisa,
Os folguedos da infância, terna e forte.

Mas, redivivo, agora vendo aquele
Barquinho dos meus dias mais plebeus,
Sei que invés de papel, qual se fez ele,

Fizeram-se de ouro os sonhos meus –
Os sonhos que navegam dentro dele,
Pelo Infinito Mar do Amor de Deus!...

Guilherme de Almeida

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 08 de setembro de 1993, em Uberaba – MG).

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