Tornei a contemplar, depois
da morte,
Da quietude da tarde à leve
brisa,
Meu barco de papel que inda
desliza
Sobre as águas tranquilas de
outro norte.
Eu não sei por que mágico
transporte,
Ou mistério, minh’alma assim
divisa,
Na tela da memória, tão
precisa,
Os folguedos da infância,
terna e forte.
Mas, redivivo, agora vendo
aquele
Barquinho dos meus dias mais
plebeus,
Sei que invés de papel, qual
se fez ele,
Fizeram-se de ouro os sonhos
meus –
Os sonhos que navegam dentro
dele,
Pelo Infinito Mar do Amor de
Deus!...
Guilherme de Almeida
(Página recebida pelo médium
Carlos A. Baccelli, em reunião íntima da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”,
na noite de 08 de setembro de 1993, em Uberaba – MG).
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