14.4.17

A ANTIPATIA É INFERIORIDADE?

Questão 390 do Livro dos Espíritos

A antipatia é sinal de inferioridade, e os Espíritos puros não a têm de modo algum, por respeitarem os direitos alheios. Cada qual tem direito de pensar como queira. Não se é necessariamente Espírito mau só por pensar diferente dos outros. No entanto, existem antipatias geradas no ódio. Isso depende muito das almas que alimentam e sentem esse antagonismo.
Estamos todos de partida para a libertação espiritual, pelo conhecimento da verdade. Quando alcançarmos a evolução real, tudo de mal se desfará, tudo de antipatia acabará, tudo de tristeza deixará de existir, todo mal cederá lugar para o bem eterno, dentro da eternidade de Deus. Os caminhos do progresso espiritual são diversos, porém, quem trilha por um, não desdenha o outro, por conhecer que o Senhor fez todos os caminhos com ardor e que todos eles nos levam à felicidade.
A antipatia entre dois Espíritos pode derivar no modo de pensar, donde se segue que esses Espíritos não se afinam nos mesmos ideais de trabalho, sendo que todos eles os levam à paz e ao entendimento. A maldade se encontra na inferioridade da alma, aquela que não pode livrar-se do orgulho e do egoísmo. Isso é mais questão de tempo.
A maturidade do Espírito irá levá-lo ao conhecimento da verdade. Há momentos que requerem mais vigilância da nossa parte. Por vezes, sentimos antipatia até do olhar de certas criaturas, da sua palavra e mesmo dos seus gestos. Nessas horas, devemos buscar a oração assegurada na vigilância, certificando-nos de que a vontade possa desfazer esse magnetismo que, se descuidado, toma um caráter inferior, fazendo surgir a inimizade no clima da nossa vida.
Aos espíritas, aconselhamos evitarem as discussões. Elas, de modo geral, geram antipatia e até mesmo o ódio. Não impor ideias é processo de luz; quando solicitados exporem suas convicções, que vigiem sempre o verbo, para que ele não fira nem violente os direitos dos outros.
As naturezas são diversas nas criaturas; as escalas de progresso são inúmeras nos Espíritos, e cada um tem direitos onde permanece e deveres a cumprir. Nem o próprio Jesus quis julgar a mulher adúltera, por saber o Senhor que ela estava em um grau de evolução em que o erro a dominava, como lição para o futuro. Sempre os julgadores se esquecem do seu próprio tribunal, em ação dentro de si mesmo. Para ser um professor para os outros, para ensiná-los constantemente, existe somente um meio de fazê-lo, sem contrariar as leis que regulam a vida: pelo exemplo.
Quem vivencia a mensagem do amor nunca cria antipatia nos corações que o observam. Tudo é escrito nos corações em silêncio, da forma que a natureza sabe fazer, e ela é mesmo hábil nessa operação.
Se existe, entre nós e outrem, diversidade no modo de pensar, não nos irritemos com esse fenômeno comum dentre as criaturas; passemos adiante e busquemos o que serve para nosso entendimento, que Jesus nos abençoará os esforços.


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