O impositivo da fraternidade entre os
homens a cada dia mais se faz relevante. Instrumento de paz, a fraternidade é,
de início, o amor em plena instalação.
Para cultivá-la, no entanto, não há como,
senão, abdicar ao egoísmo e aos seus múltiplos sequazes, que instalam,
incessantemente, balizas de incompreensão e rebeldia, em todos os lugares em
que nos encontramos.
Fala-se, discute-se, programa-se, encena-se
muito, a convivência fraterna mas se produzem poucos esforços para
concretizá-la.
Ninguém cede nos "pontos de
vistas", nas discussões, mesmo quando o objetivo comum seja elevado e de
resultados benéficos para todos.
Muitas vezes o pensamento é unânime e como
a forma de apresentá-lo diverge, não se permitem os expositores o exame dos
conceitos, com a necessária serenidade e logo, grassam as dissensões. Os olhos
se injetam, a voz se altera, a fisionomia se turba, a respiração descompassa e
a ira comanda os resultados, gerando ondas de animosidade inconsequente,
nefanda...
Colocados lado a lado com os seres humanos,
nossos irmãos, em jornada evolutiva, eduquemo-nos para viver pacificamente,
suportando-nos, uns aos outros, de modo a conseguirmos tolerância recíproca e
fraternidade legítima.
Para o tentame, coarctemos a palavra azeda,
o verbete ofensivo, a expressão deprimente, evitando o comentário ácido e
maledicente que logo produz uma colheita de ofensas e reprimendas.
Madame Rolland, a célebre jacobina de
França, ante as arbitrariedades e atentados praticados pelos idealista e promotores
da Revolução, proferiu com imensa amargura: "Fraternidade, fraternidade,
quantos crimes se cometem em teu nome!"
Jesus, o Sublime Governador da Terra, para
ensinar fraternidade conviveu com as mais díspares pessoas tolerando-as,
ajudando-as, amando-as. E mesmo entre os seus "chamados", quando
grassavam rixas e discórdias, mantinha-se sereno e gentil, para assegurar que,
o verdadeiro amor se fixa, na razão direta em que a fraternidade se faz ternura
e, de modo a que, o socorro esteja sempre presente, atendendo às necessidades
gerais.
Livro: Sol de Esperança -
Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis
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