7.4.17

AINDA A FRATERNIDADE

   O impositivo da fraternidade entre os homens a cada dia mais se faz relevante. Instrumento de paz, a fraternidade é, de início, o amor em plena instalação.
    Para cultivá-la, no entanto, não há como, senão, abdicar ao egoísmo e aos seus múltiplos sequazes, que instalam, incessantemente, balizas de incompreensão e rebeldia, em todos os lugares em que nos encontramos.
    Fala-se, discute-se, programa-se, encena-se muito, a convivência fraterna mas se produzem poucos esforços para concretizá-la.
    Ninguém cede nos "pontos de vistas", nas discussões, mesmo quando o objetivo comum seja elevado e de resultados benéficos para todos.
    Muitas vezes o pensamento é unânime e como a forma de apresentá-lo diverge, não se permitem os expositores o exame dos conceitos, com a necessária serenidade e logo, grassam as dissensões. Os olhos se injetam, a voz se altera, a fisionomia se turba, a respiração descompassa e a ira comanda os resultados, gerando ondas de animosidade inconsequente, nefanda...
    Colocados lado a lado com os seres humanos, nossos irmãos, em jornada evolutiva, eduquemo-nos para viver pacificamente, suportando-nos, uns aos outros, de modo a conseguirmos tolerância recíproca e fraternidade legítima.
    Para o tentame, coarctemos a palavra azeda, o verbete ofensivo, a expressão deprimente, evitando o comentário ácido e maledicente que logo produz uma colheita de ofensas e reprimendas.
    Madame Rolland, a célebre jacobina de França, ante as arbitrariedades e atentados praticados pelos idealista e promotores da Revolução, proferiu com imensa amargura: "Fraternidade, fraternidade, quantos crimes se cometem em teu nome!"
    Jesus, o Sublime Governador da Terra, para ensinar fraternidade conviveu com as mais díspares pessoas tolerando-as, ajudando-as, amando-as. E mesmo entre os seus "chamados", quando grassavam rixas e discórdias, mantinha-se sereno e gentil, para assegurar que, o verdadeiro amor se fixa, na razão direta em que a fraternidade se faz ternura e, de modo a que, o socorro esteja sempre presente, atendendo às necessidades gerais.


Livro: Sol de Esperança - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

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