Questão do 402 Livro dos
Espíritos
O Espírito, durante o sono,
tem mais liberdade, e bem mais do que se pensa. E fica mais livre, preso
somente pelo “cordão de prata”, muito conhecido dos espiritualistas. Esse
cordão é que liga o perispírito aos mais arrojados centros de força, e desses partem
fios de luz que se prendem aos centros de energias menores.
A alma se encontra
perfeitamente presa, como um encarnado que deseja se libertar dos liames da
carne, O que segura o Espírito ao corpo físico é o medo da morte, que lhe vem
dos compromissos assumidos e que se faz presente pelo instinto de conservação.
Em um futuro breve, os dons
irão aumentar, as faculdades espirituais vão desenvolvendo de modo que as
chamadas viagens astrais serão comuns entre os homens. Então a constatação da
vida espiritual será uma realidade para os que ainda duvidam dessa verdade. A
Doutrina dos Espíritos, vivência e revivescência da luz de Nosso Senhor Jesus
Cristo, abrirá a escola para a educação dos seus profitentes nesse sentido, de
se fazer viagens astrais conscientes. Eis aí a porta da felicidade, como existe
em mundos elevados, onde não há discussão sobre a pré-existência da alma, a lei
da reencarnação e comunicação dos Espíritos, pois cada criatura tem a sua
própria comprovação.
Alguns Espíritos encarnados
na Terra estão quase a debutar nesse exercício espiritual, com a assistência
dos benfeitores espirituais, que lhes vão servir de guias para essa nova
jornada de vida, de vida cheia de esperança. Na verdade, dizemos que a
iniciação deste trabalho vem, desde que existe na Terra, pelas portas do sono.
O sono é um desdobramento inconsciente, que deixa leves lembranças do ocorrido.
Esse mesmo sono evolui, de sorte a chegar à viagem astral consciente.
Quanto maior a liberdade do
Espírito, mais as possibilidades vão aumentando. É a força do progresso que
levará a alma para posições elevadas, onde ela busca os princípios da
felicidade. Compete a cada criatura de Deus o esforço em todos os sentidos, no
estudo sério, no trabalho da caridade honesta; e exercitando o amor dentro da
sua grandeza sem limites.
O espírita já consciente
dessas verdades encontrará mais facilidade para o seu auto-aperfeiçoamento
espiritual, ocupando-se somente com a sua educação e fornecendo, aos outros,
materiais de meditação para o despertamento das suas faculdades. Cada um deve
construir seu próprio céu, sem que o egoísmo invada seu coração e o orgulho se
manifeste na sua vida. Se nos agrada sobremaneira a liberdade, devemos sentir
alegria nos deveres que acompanham a libertação espiritual.
Os sonhos certamente que são
início de muitos segredos da vida espiritual. Sonhar é dar notícias de algo que
existe no mundo dos Espíritos. Se em muitos casos os sonhos são produto de
pensamentos acumulados, eles desacumulam quando o Espírito se encontra fora do
corpo. São fenômenos que devem ser estudados com mais empenho, para
encontrarmos a verdade. A Terra já está chegando a certa maturidade; convém a
todos se preocuparem mais intensamente com a vida espiritual, pois terão as
bênçãos do futuro. Encontra-se na resposta da pergunta quatrocentos e dois de
“O Livro dos Espíritos”, um trecho que nos diz o seguinte: “Em suma, dentro em
pouco vereis vulgarizar-se outra espécie de sonhos, conquanto tão antiga como a
de que vimos falando, vós a desconheceis”. Vamos meditar sobre isso para chegar
à conclusão sobre a viagem astral consciente, de cuja capacidade eram dotados
os grandes santos e místicos, sábios e profetas. O Espírito mais livre tem
maiores possibilidades de ser um viajante consciente no imensurável campo da espiritualidade.
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