SAL da Terra – LUZ do
Mundo
Nas jazidas na superfície
terrestre ocorre o SAL-GEMA é o cloreto de sódio + cloreto de potássio + cloreto
de magnésio, que são formadas por materiais provenientes de outras rochas e de
restos de seres vivos .
cloreto
de sódio, conhecido como sal ou sal
de cozinha, é formada de um átomo de cloro para cada átomo de sódio. NaCl. O sal
ele é essencial para a vida animal e é também um importante conservante de
alimentos e um popular tempero. Cloreto de sódio é necessário para a
sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os seres humanos. O sal está
envolvido na regulação da quantidade de água do organismo. O aumento excessivo
de sal causa risco de problemas de saúde como a hipertensão
arterial.
(Mateus, 5:13) "Vós sois o sal da terra. e se o sal
perder sua força, com que outra coisa se há de salgar? Para nada mais fica
servindo, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens".
A Química nos ensina que
onde quer que o encontremos, seja na terra ou no mar, ele é sempre o mesmo:
inalterado, inalterável. Dotado de qualidades essencialmente conservadoras,
mantém-se incorruptível, preservando, ainda, os corpos que com ele entram em
contato.
Jesus quer que seus
discípulos sejam como o sal: elementos preciosos, de grande utilidade na
sociedade, tipos de honestidade, incorruptíveis e preservadores da dissolução
moral no meio em que se encontrarem.
Para o sal exercer suas
funções é preciso:
1.°) Ser misturado às
substâncias alimentícias. Sem isso, não produzirá os efeitos desejados. Assim
também o aprendiz dos ensinos de Jesus. Para atuar junto aos seus companheiros
de jornada precisará conviver, participar das dificuldades e alegrias dos seus
irmãos. "Deus fez o homem para viver em sociedade. O homem deve progredir, mas
sozinho não o pode fazer porque não possui todas as faculdades: precisa do
contato dos outros homens. No isolamento, ele se embrutece e se estiola"
(questões 766 e 768, de O Livro dos Espíritos). O ser humano às vezes prefere se
isolar, para evitar os problemas decorrentes do contato social. Mas o isolamento
é egoísmo. Fugir do mundo só é válido para se devotar ao amparo dos infelizes,
como fazem alguns abnegados. Há espíritas que preferem realizar seus estudos,
fazer suas orações, no ambiente doméstico, evitando participar das sociedades
espíritas, para evitar problemas de relacionamento, ou para não assumir maiores
responsabilidades. Será que esse "sal" está cumprindo sua finalidade?
2.°) O sal é precioso,
porém precisa ser usado na quantidade certa, com equilíbrio. Colocar muito sal
pode estragar o alimento, tornando-o impróprio para o consumo. É o caso dos
fanáticos, dos exagerados, aqueles que se distanciam da realidade, e que, em
conseqüência, nada transmitem de útil. Pior ainda, pode até contribuir para o
afastamento de outras pessoas do ideal religioso, devido a sua maneira
inadequada de proceder. Empenham-se em pregar para os outros aquilo que elas
mesmas ainda não conseguiram entender, e muito menos fazer. "Conhece-se a árvore
pelos frutos que ela produz", ensinou-nos Jesus. Conhecemos o cristão pelo seu
modo de ser e de agir, e não por aquilo que ele fala.
3.°) "Se o sal perder sua
força e tornar-se insípido, para mais nada presta senão para se lançar fora e
ser pisado pelos homens". São as pessoas que cuidam mais da aparência, do que da
essência. Estão mais interessadas no que os outros pensam sobre elas, do que em
sua real situação. Mais interessados em prestígio, destaque social, do que em
atender o objetivo da vida que é a evolução
espiritual.
4.°) Finalmente, vale
refletir que quando Jesus compara os aprendizes do Evangelho ao sal, está nos
conclamando ao trabalho de nossa transformação moral, afeiçoando-nos aos seus
ensinos. Ninguém dá o que não tem. E ninguém tem realmente senão aquilo que é.
Para o discípulo de Jesus ser fator de preservação do bem, e contribuir para o
progresso e desenvolvimento espiritual dos seus companheiros de jornada,
naturalmente ele deverá ter desenvolvido, pelo menos uma boa parte desses
valores em si próprio.
Para a pessoa "fazer", ou "dizer", com autoridade é necessário
"ser" alguém que já desenvolveu em si mesmo os valores que deseja incentivar nos
outros. Nesse sentido disse Paulo: Mesmo que eu fale a língua dos anjos, isto é,
que fale maravilhosamente bem, expressando conceitos e verdades profundas, "se
não tiver caridade", ou seja, se não tiver desenvolvido em si o equilíbrio, o
amor, a compreensão, tais palavras serão inócuas, como um sino: apenas um som
vazio que a nada leva. Na página de Paulo, bastante conhecida e apreciada, fica
claro que tudo o que ele faz, ou fala, só produzirá bons resultados, se for
acompanhado de autoridade de quem já edificou em si os valores do bem. O sal
para produzir os efeitos de sal tem que ser sal de verdade ou seja, guardar as
propriedades que lhe são próprias. Assim também os discípulos de Jesus que
desejamos ser.
Pedro de Camargo (Vinícius)
no seu livro – Nas Pegadas do Mestre, comenta que o sal não se corrompe, mesmo
em contato com a corrupção, e assim, diz ele, deve ser o cristão, ou seja – bom
no meio dos maus; justo no meio dos injustos; probo no meio da iniqüidade;
prudente no meio dos insensatos; altruísta no meio dos egoístas; virtuoso no
meio de todos os vícios. Diz ele ainda: O sal nunca recebe; dá sempre.
Misturai-o com o açúcar e esta torna-se salgada, mas o sal não adoça. O cristão,
como o sal está no mundo para dar, e não para
receber.
Podemos dizer, também, que
o sal da terra deverá destacar a vida espiritual do homem. Não somos a matéria
que compõem o nosso corpo. Usamos a matéria, mas não somos matéria. Dar ao homem
a oportunidade de descobrir a sua espiritualidade, é condimentar a vida,
dando-lhe sabor. Mas em tudo é preciso ter a medida certa, pois, assim como o
excesso de sal estraga o sabor do alimento, o excesso deste sal da terra, pode
tornar a vida intragável.
Mateus 5: 14-16 e Lucas 11:
33–36
Vós
sois a luz do mundo. As anotações de Lucas vão
um pouco além, porque ele acrescente: a lâmpada do corpo é o olho. Quando o olho
é simples todo o teu corpo é luminoso.
Carlos Torres Pastorino,
comenta: A luz tem como finalidade, tanto quanto o sal, servir aos outros, e não
a si mesma. Para que a luz produza o seu efeito, é mister que esteja colocada no
alto, e não escondida. No adendo de Lucas, Pastorino comenta: se os olhos forem
simples, no sentido de limpos, puros, sem malícia, todo o corpo será luminoso.
Se forem enfermos (maliciosos, maldosos), a criatura ficará em treva. Por
exemplo: quando alguém vê duas criaturas se amando com simplicidade, sem
malícia, admira o amor, tudo permanece em luz. Mas, se nesse amor, quem olha
coloca malícia, o amor continuará a brilhar com pureza, mas a criatura que
maldou será invadida pelas trevas da malícia que só existe nela
mesma.
Del Chiaro comenta: A luz
ilumina o ambiente. A luz referida por Jesus de Nazaré deverá iluminar nossa
consciência e a consciência do mundo. Mas, para iluminar o exterior precisamos
antes nos iluminar interiormente. Ainda há muita escuridão em nosso mundo
interior. Quando o nosso olho é mal, vê maldade em tudo, até onde ela não
existe.
Só o conhecimento superior
da vida pode iluminar o nosso interior. A Doutrina Espírita é um excelente curso
superior do conhecimento da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário