26.11.18

XXVI – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

O Instrutor Gúbio, desdobrando esclarecimentos a André Luiz e Elói, refere-se à condição de simbiose psíquica que muitos espíritos de evolução primária mantêm com os encarnados, muitas vezes, sem exata noção de seu procedimento – vampirizam mentes assim como o corpo físico é vampirizado por microorganismos patogênicos.
“Quase todas as almas humanas, situadas nestas furnas sugam as energias dos encarnados e lhes vampirizam a vida qual se fossem lampreias insaciáveis no oceano do oxigênio terrestre. (destacamos) Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto.”
Novamente André Luiz menciona a necessidade de aperfeiçoamento mental para que o espírito se adapte às realidades da vida fora do corpo físico... Logo no primeiro capítulo de “Nosso Lar”, o esclarecido autor, falando de suas próprias experiências, após a morte, escreve: “Não adestrara órgãos para a vida nova.”
Os espíritos que não tomam consciência de si mesmos no Mais Além, compreendendo a nova realidade em que passaram a viver, não a “suportam” e, assim, fazem da reencarnação imediata o seu único objetivo.
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As revelações de André Luiz, em suas obras, se sucedem de maneira impressionante.
A obsessão para muitos desencarnados passa a ser quase uma “necessidade” – aliás, Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, no capítulo XXIII, quando fala das causa da obsessão, anotou o depoimento de um espírito: “Tenho grande necessidade de atormentar alguém...”
Essa “necessidade”, até de certo ponto, não deixa de ser de “sobrevivência psíquica” – claro que não estamos dizendo que o espírito possa vir a “morrer”, mas fica claro que ele, a fim de se alimentar, carece da vitalidade de alguém, pois, caso contrário, entrará em complexa fase de inanição. O pensamento é um “fluido alimentar”, através do qual o espírito pode autonutrir-se nutrir e ser nutrido.
Com a palavra os nossos irmãos e as nossas irmãs internautas, que esperamos venham a opinar sobre o tema.
Com o auxiliá-los em suas reflexões, reproduzimos o que Gúbio diz em seguida: “No fundo, as bases econômicas de toda essa gente residem, ainda, na esfera dos homens comuns e, por isto, preservam, apaixonadamente, o sistema de furto psíquico, dentro do qual se sustentam, junto às comunidades da Terra.” (destacamos)
O psiquismo humano, para tais entidades, funciona como “pasto”, o que nos leva a inferir que, quando os homens não mais lhes oferecerem alimento natural, eles terão que imigrar – assim como o homem dos tempos primitivos, antes do período agrícola, sempre imigrava, de região em região, à procura de alimento abundante.
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Talvez, então, a esta altura de nossas reflexões e estudos, junto aos nossos irmãos encarnados, possamos falar em “obsessão natural”, processo no qual, do ponto de vista mental, todos pesamos sobre a economia psíquica uns dos outros. Ou não?! O que teriam os nossos irmãos e irmãs a dizerem sobre o assunto?! Porventura, os “seres” do mundo microscópico que parasitam o corpo físico fazem-no por maldade, ou por instinto de sobrevivência, e, ainda, compelidos pela própria necessidade de evolução?!...

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 26 de novembro de 2018.

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