Muitas vezes perguntas, na
Terra, para onde seguirás, quando a morte venha a surgir...
Anseias, decerto, a ilha do
repouso ou o lar da união com aqueles que mais amas...
Sonhas o acesso à felicidade,
à maneira da criança que suspira pelo colo materno...
Isso, porém, é fácil de
conhecer.
Toda pessoa humana é aprendiz
na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de
certas obrigações; nos compromissos no plano familiar; nas responsabilidades da
vida pública; no campo dos negócios materiais; na luta pelo próprio sustento...
O dever, no entanto, é
impositivo da educação que nos obriga a parecer o que ainda não somos, para
sermos, em liberdade, aquilo que realmente devemos ser.
Não olvides, assim, enobrecer
e iluminar o tempo que te pertence.
Não nos propomos nivelar
homens e animais; contudo, numa comparação reconhecidamente incompleta,
imaginemos seres outros da natureza trazidos ao regime do espírito encarnado na
esfera física.
O cavalo atrelado ao carro,
quando entregue ao descanso, corre à pastagem, onde se refocila na satisfação
dos próprios impulsos.
A serpente, presa para
cooperar na fabricação de soro antiofídico, se for libertada, desliza para a
toca, onde reconstituirá o próprio veneno.
O corvo, detido para
observações, quando solto, volve à imundície.
A abelha, retida em
observação de apicultura, ao desembaraçar-se, torna, incontinenti, à colmeia e
ao trabalho.
A andorinha engaiolada para
estudo, tão logo se veja fora da grade, voa no rumo da primavera.
Se desejas saber quem és,
observa o que pensas, quando estás sem ninguém; e se queres conhecer o lugar
que te espera, depois da morte, examina o que fazes contigo mesmo nas horas
livres.
Emmanuel - Do livro
"Justiça Divina" - Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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