4.11.18

Realidade Espiritual


Àqueles que imaginam que a vida é fácil, deixe-me dizer: se ela fosse fácil não adiantaria viver.
Os percalços que temos em vida, sejam eles de ordem física ou espiritual, representam tão-somente oportunidades de aprendizado para o espírito.
Eu sei que é fácil dizer isso na condição espiritual, devido ao privilégio de rondar as mentes e os corações dos que estão na pele material, mas não pensem que por aqui as coisas sejam fáceis, não é não.
Agora mesmo, antes de começar esta psicografia, tive um debate caloroso com um dos padres da nossa “paroquia” espiritual. Nada de tão relevante ou absurdamente importante, mas causou-nos certo desconforto as posições que o nosso irmão tomara por conta própria, deixando-nos perplexos diante de seus comentários. Não concordei, é claro, e tive que colocar a minha opinião, que foi refutada pelo nosso colega. Então, criamos um impasse e passamos ao debate de posições e argumentos. Findou agora um armistício, não sem antes deixar algumas pequenas marcas a serem devidamente superadas.
Conto essa história para ilustrar que não estaremos isentos dos embates na vida espiritual, sejam eles provocados por nós mesmos ou por outros, afinal, as divergências daqui e daí se entrechocam constantemente como se fossem uma só.
Quero pedir, portanto, que relativizem os seus pensamentos de mundo ideal depois da morte. Isto não existe. Pelo menos nos círculos mais próximos da terra. O que existe é algo de compatível com a nossa evolução moral. O que estamos fazendo, porém, para reverter em nós esse clima de triunfo depois da morte?
Em primeiro lugar, quero deixar bastante claro, é que a morte não me mudou, eu é que mudei pela morte que não veio. Ela apenas, como esperava de certa forma, me ampliou o leque de visão das coisas, dizendo-me: “Hélder, a vida é bem mais do que imaginamos e vemos com os nossos olhos”.
Efetivamente, buscamos a saída para os nossos problemas em algumas soluções que não são reais, são ilusórias e, neste caso, tudo vai dar literalmente errado.
A partir dessa constatação, podemos nos firmar de que as nossas aspirações devam ser proporcionais à nossa capacidade de superação das crises e problemas que enfrentamos.
Não tenhamos medo de errar, de se permitir ir ao equívoco, até lá existem sementes de sabedoria a nos ensinar no recomeço como melhor operar.
Em caso de dúvida, consulte seu coração. Deixe-o falar abertamente. Escute ele, pois ele tem muito a te dizer e, geralmente sem a influência dos nossos medos e preconceitos terá muito a ensinar.
Confie em si e o mundo haverá de te proporcionar paz e sabedoria.

Hélder Câmara – Blog Novas Utopias

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