5.2.24

Sobre Jesus

Cremos, sinceramente, que, na atualidade, toda especulação humana em torno da vinda de Jesus à Terra, seja ingenuidade, e até mesmo atrevimento, da parte daqueles que a tanto se entregam.
Poderia o batráquio compreender a natureza de um Anjo, ou um grão de areia saber da essência do Sol?!
Claro, sem dúvida, que, no Espiritismo, estamos em uma doutrina de livre pensar, mas que não nos isenta de nos submetermos à necessária autocrítica para entendermos qual seja o nosso lugar na condição de criaturas limitadíssimas, que sequer ainda melhor sabemos de nós mesmos.
Tudo o que diz respeito a Jesus Cristo nos encanta e enternece o espírito, todavia, em nossa precária condição espiritual, deveríamos, sim, evitar cogitações que possam nos distrair do essencial que Ele nos legou – o Evangelho!...
A única biografia respeitável do Cristo, inclusive para nós outros, os espíritos domiciliados a tão somente um passo da Esfera Terrestre, é aquela que, em fragmentos, nos foi deixada pelos Evangelistas.
Causa-nos surpresa que muitos irmãos e irmãs que ainda mourejam na carne, estejam a falar da vinda, ou da ida, de Jesus à Terra com tanta intimidade e riqueza de detalhes, que por aqui, onde agora estamos, ninguém nada sabe dizer – e se algo dizer estará sendo – desculpem-nos – ousado ou atrevido!
Centenas e centenas de livros, respeitáveis, têm sido escritos por autores encarnados e desencarnados abordando o assunto... Reconhecemos que todos, invariavelmente, desde que com o devido respeito, têm o direito de se expressar, porém, de minha parte, considero tais obras como sendo o esforço de alguém que, acometido por total cegueira, tateando na escuridão, procurasse, dentro de casa, pela luz da candeia.
Pensamos que, por outro lado, se fazem tão inadequadas, no presente, certas teorias apresentadas por rentearam elas o absurdo, favorecendo a descrença em torno da Vida daquele cujas lições de Amor e Sabedoria devem estar acima, mas muito acima mesmo, de toda nossa vã curiosidade.
A mim não interessa saber como foi que Jesus nasceu, e, sim, como vou conseguir colocar em prática o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”... É com este desafio que, há séculos, eu me encontro lutando, alternando experiências no corpo e fora dele, que ainda haverão de se alternar não sei por quanto tempo!...
Perdoem-nos a opinião de espírito rasteiro, mas repito, que, para mim, não interessa saber de que maneira extraordinária Jesus nasceu, e, sim, para o quê de extraordinário Ele nasceu!...
 
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 4 de Fevereiro de 2024

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