25.3.13


Pedras

As pedras tocam umas as outras. Estão inertes. Não há interação entre elas, nenhum movimento. O que fazer para que elas possam interagir, serem mais ambiciosas no seu viver? Não sei, mas tenho uma suspeita.
É necessário que a elas se atribua a vida, um toque de existência, um relampejar da divindade fazendo-as vivas. Ah, isto é possível sim, para o Pai tudo é possível, é possível fazer despertar de sua letargia e falar, cantar, sorrir, abraçar, amar...
As pedras são homens que nada fazem na vida, vivem, mas é como se não vivessem. Mortos, inertes, não saem do lugar. Só Deus para despertá-los, agitá-los, fazê-los verdadeiramente vivos.
Há pessoas assim: não acordaram para a vida. A vida passa, dá seus saltos e impulsos, alerta, mas elas não despertam. Somente um toque divino para trazê-las de fato à vida.
O que vocês estão a fazer com a vida que Deus lhes deu?
Meus irmãos, a vida é plena de oportunidades e possibilidades. Há muito a se fazer, a se criar, a se admirar, a aperfeiçoar... Quanto há para se fazer e cada um tem um papel importantíssimo nisto tudo porque há coisas que só você pode fazer.
Eu fico admirado com aqueles impossibilitados com a vida. Paraplégicos, aleijados, cegos, surdos, desprovidos de facilidades para viver. Eles teriam mil motivos para cruzarem os braços e dizer: “nada fiz porque a vida me foi ingrata, me foi infeliz, nada pude fazer de extraordinário, sou igual a pedra”. Pois bem, são estes, muitas vezes, que dão exemplos maravilhosos de superação. Você nem imagina que aquilo é possível de se fazer na adversidade que ele possui. Mas ele faz.
E você, cujas adversidades são mínimas ou inexistentes, o que faz diante da vida?
O Nosso Senhor Jesus Cristo foi firme ao dizer: ”A quem muito foi dado, muito será pedido”. Está pronto para a cobrança?
Aqui onde estou a cobrança é inevitável, meu irmão, se é. O que temos do lado de cá é proporcional ao que fizemos aí. É claro que nos dão oportunidades, mas não pense que vai ter vida boa do lado de cá não. Em primeiro lugar, se trabalha sempre e como se trabalha. Tudo aqui está em permanente movimento. Você sente a vontade natural de ser útil, pois não há tempo para a ociosidade.
Eu escrevo estas coisas para que você desperte a sua atenção para utilizar seu tempo de forma produtiva, ativa, construtiva. Não desperdice seu tempo qual água que não damos proveito a ela e que se esvai para nunca mais voltar.
Pense na sua utilidade no concerto universal e passe, agora mesmo, a dar objetividade aos seus dias na Terra.
Saia do seu lugar comum, saia da sua zona de conforto, tente coisas novas, seja inventivo. “Seja esperto, meu.”
Despeço-me, mas sem antes dizer que se você nada fizer, na hora decisiva, qual Jesus de Nazaré bem nos lembrou, até as pedras falarão. Até as pedras executarão as providências do Pai.
Um abraço,
Helder Camara

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