13.12.15

O Desafio do Clima

Foi concluída, há pouco, a conferência internacional do clima em Paris. O texto final reflete a vontade dos povos em dar mais atenção ao clima para poupar-nos de um futuro sombrio para nosso planeta. É uma carta de intenções, boas intenções é verdade, mas guarda em si também muito receio porque não se sabe, no fundo, se há predisposição para cumpri-la.
Abordo este tema nesta coluna porque participo no lado de cá da vida de numerosos encontros a respeito da preservação planetária.
Este tema, o do clima, é recorrente nas nossas preocupações, pois apesar de se saber de todas as possíveis implicações de um desarranjo climático, muitas nações não cumprem com o seu dever de casa e poluem abundantemente o meio ambiente.
As grandes empresas, em sua maioria, não querem investir em mecanismos e tecnologias antipoluentes. Muitas acreditam que tudo isso não passa de demagogia de ativistas pró-meio ambiente, porque, na prática, há formas de controle ambiental natural e que não são eles os responsáveis pelo desequilíbrio climático do planeta.
É novamente a arrogância do capital sobre o meio ambiente que deve servi-lo indefinidamente, mas o que vemos com as lentes do espírito é bem diferente.
Há um desequilíbrio global em relação ao clima. As tensões irão aumentar em breve por causa da elevação gradual da temperatura planetária que ensejará mais distúrbios ambientais como secas gravíssimas, cheias violentas e outras formas de manifestação deste desequilíbrio.
Todos saem perdendo com a teimosia de não priorizar, de uma vez por todas, a questão ambiental e, dentro dela, a temperatura geral de nosso planeta.
A Conferência foi clara em estabelecer metas para que não tenhamos o colapso climático. Todos são responsáveis, dos menores aos grandes países. Os mais pobres necessitam de recursos dos mais ricos para processos de sensibilização da população e evitar que investimentos sejam realizados em desacordo com as normas estabelecidas conjuntamente. Os ricos, por seu lado, devem avançar ainda mais em diminuir a carga de poluição de suas indústrias que poluem não apenas o seu lugar circunscrito, mas que afeta diretamente toda a crosta planetária, uma vez que tudo funciona de maneira integrada.
É um desafio grande, mas inevitável e imediato a ser enfrentado.
A poluição avança vertiginosamente e apesar dos esforços concentrados de alguns, a maioria ainda não está preparada para as transformações necessárias no modo de produção.
Os discursos devem dar lugar agora às ações concretas.
Os investimentos têm que acontecer urgentemente.
A palavra final será dos governantes e de seus parlamentos que deverão produzir as matérias legais de compromisso em prol da preservação do nosso planeta.
Cuidemos da mãe Terra. É uma forma de não apenas cuidarmos da nossa própria sobrevivência, mas de dizermos ao Deus Pai que cuidamos da casa que Ele nos destinou para morarmos.
Cada um é responsável, lembre-se sempre disso.
Helder Câmara – Blog Novas Utopias

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