Foi concluída, há pouco, a
conferência internacional do clima em Paris. O texto final reflete a vontade dos
povos em dar mais atenção ao clima para poupar-nos de um futuro sombrio para
nosso planeta. É uma carta de intenções, boas intenções é verdade, mas guarda em
si também muito receio porque não se sabe, no fundo, se há predisposição para
cumpri-la.
Abordo este tema nesta
coluna porque participo no lado de cá da vida de numerosos encontros a respeito
da preservação planetária.
Este tema, o do clima, é
recorrente nas nossas preocupações, pois apesar de se saber de todas as
possíveis implicações de um desarranjo climático, muitas nações não cumprem com
o seu dever de casa e poluem abundantemente o meio
ambiente.
As grandes empresas, em sua
maioria, não querem investir em mecanismos e tecnologias antipoluentes. Muitas
acreditam que tudo isso não passa de demagogia de ativistas pró-meio ambiente,
porque, na prática, há formas de controle ambiental natural e que não são eles
os responsáveis pelo desequilíbrio climático do
planeta.
É novamente a arrogância do
capital sobre o meio ambiente que deve servi-lo indefinidamente, mas o que vemos
com as lentes do espírito é bem diferente.
Há um desequilíbrio global
em relação ao clima. As tensões irão aumentar em breve por causa da elevação
gradual da temperatura planetária que ensejará mais distúrbios ambientais como
secas gravíssimas, cheias violentas e outras formas de manifestação deste
desequilíbrio.
Todos saem perdendo com a
teimosia de não priorizar, de uma vez por todas, a questão ambiental e, dentro
dela, a temperatura geral de nosso planeta.
A Conferência foi clara em
estabelecer metas para que não tenhamos o colapso climático. Todos são
responsáveis, dos menores aos grandes países. Os mais pobres necessitam de
recursos dos mais ricos para processos de sensibilização da população e evitar
que investimentos sejam realizados em desacordo com as normas estabelecidas
conjuntamente. Os ricos, por seu lado, devem avançar ainda mais em diminuir a
carga de poluição de suas indústrias que poluem não apenas o seu lugar
circunscrito, mas que afeta diretamente toda a crosta planetária, uma vez que
tudo funciona de maneira integrada.
É um desafio grande, mas
inevitável e imediato a ser enfrentado.
A poluição avança
vertiginosamente e apesar dos esforços concentrados de alguns, a maioria ainda
não está preparada para as transformações necessárias no modo de
produção.
Os discursos devem dar
lugar agora às ações concretas.
Os investimentos têm que
acontecer urgentemente.
A palavra final será dos
governantes e de seus parlamentos que deverão produzir as matérias legais de
compromisso em prol da preservação do nosso
planeta.
Cuidemos da mãe Terra. É
uma forma de não apenas cuidarmos da nossa própria sobrevivência, mas de
dizermos ao Deus Pai que cuidamos da casa que Ele nos destinou para
morarmos.
Cada um é responsável,
lembre-se sempre disso.
Helder Câmara – Blog Novas
Utopias
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