Questão 324 do Livro dos
Espíritos
Erigir estátuas dos que
partiram para o além, buscando perpetuar-lhes a memória para a posteridade, tem
sido uma preocupação entre os homens.
Embora tenha sido
considerável o contributo para com a História, sabemos que, em muitos casos, tem
havido interesses de várias ordens, sendo que o orgulho e a vaidade têm sido o
móvel dessa prática.
A participação ou o prazer
que possam sentir os homenageados está na condição evolutiva de cada um.
Tratando-se de um Espírito elevado, nem sempre comparece à homenagem que lhe é
prestada, salvo nos casos em que, comparecendo ou participando, possa ser útil,
inspirando ou intuindo os encarnados para tarefas ou práticas enobrecedoras, que
possam gerar benefícios a alguém em particular, ou a muitos, de forma
generalizada.
Seria bom lembrar que, se
os recursos dispendidos com estátuas e homenagens fossem canalizados para áreas
prioritárias para a evolução do homem, provavelmente a indigência de variada
ordem seria menor.
Jesus, quando exortava seus
discípulos quanto ao ide e pregai, recomendava-lhes que não levassem prata nem
ouro. Aos que pretendiam segui-Lo, ensinava que deveriam despojar-se dos bens
materiais, distribuindo tudo entre os pobres e, depois, o
seguissem.
A renúncia, tão bem
entendida pelos verdadeiros seguidores do Cristo, indispensável para se edificar
e consolidar a paz na Terra e nos corações, é que está faltando nos dias que
correm. Necessário refinar nossos conceitos, em se falando de amor ao próximo.
Muito se fala nesse sentido, congressos são abertos sobre o tema “fraternidade”,
porém, é imperioso intensificar a vivência dessas
virtudes.
Os postos de destaque e de
autoridade são de grande valia, quando exercidos em benefício da humanidade.
Aqueles a quem somente o ouro e o poder atraem, divorciados do bem-estar comum,
já vivem como estátuas, quando encarnados.
É comum que Espíritos de
escol lamentem as homenagens a eles prestadas, identificando nelas a hipocrisia
e a falsidade de sentimentos relevantes.
Na fala de Jesus a Paulo: -
“Fale e não se cale”, fica evidenciado que o Apóstolo dos gentios reunia
conhecimento e condições suficientes para consolidar a implantação do Evangelho
na Terra em base
sólida. Sem a pretensão de impor os nossos conceitos a ninguém,
mas de expor a verdade para os que já se encontram amadurecidos espiritualmente,
é que, quando encontramos abertura, “falamos e não nos calamos”, para que a
conscientização apresse os homens em compreender Jesus e em vivenciar os Seus
ensinamentos.
A felicidade nos acena com
urgência de confortar nossos corações, todavia, ela espera a nossa parte, porque
Deus e Cristo já demonstraram o que fizeram e fazem por
nós.
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