Que País é este que ainda
se estorcega em manietudes políticas infames?
Que País é este que ainda
não se indigna com práticas menores na política?
Que País é este que ainda
tolera a manipulação vil do Estado em proveito pessoal
desvergonhosamente?
Ficamos estarrecidos com o
quadro político e moral que perdura no Brasil, mas sabemos, igualmente, que tudo
se trata de processo irretorquível de mudança em
movimento.
Não estou aqui a apontar
erros de um e de outro. Isto não me cabe. A Justiça brasileira e outros níveis
competentes haverão de dar a sentença justa para aqueles que ludibriaram o
Estado brasileiro.
O que me cabe, senhores,
mesmo na condição espiritual, é alertar que ainda vem muito mais por aí no
tocante às sujeiras de meliantes em forma de defensores
populares.
Isto é perfeitamente normal
num contexto histórico do nosso País, haja vista que sempre foi objeto do
saqueamento particular. Mudam-se os atores, mas o drama é sempre o
mesmo.
No camarim apertam-se
aqueles que desejam estar na ribalta. A sede de poder é maior do que a sede de
servir sem pretensão.
Onde está o
erro?
Penso que seja na educação
política de nosso povo. Ou na ausência dela.
Em parte isto é
responsabilidade do próprio povo, por outro lado, os agentes da política sempre
fizeram para alijar o povo – e sobretudo as massas – do conhecimento de seus
direitos políticos. E também de suas obrigações.
Um povo que não conquistou
a sua cidadania é perfeitamente moldável aos tiranos de plantão, aos corruptos
em moda, aos lobos em pele de ovelha.
Separar o joio do trigo é
tarefa constante em qualquer processo político sério. Democracia se faz assim.
Em tese, não há erro, há aprendizado.
O pior é que pela ausência
do conhecimento pleno de seus direitos e pela apatia em acompanhar as decisões
políticas, o povo passa a ser surrupiado em seus
direitos.
Outra vez evoca-se o
instrumento do impeditivo de governo no País. Neste sentido, nada temos a optar,
mas temos o dever de alertar.
Nenhuma decisão, por mais
dura e certa que possa ser, deixará de trazer no seu bojo as devidas
consequências e sequelas.
O Impedimento é instrumento
constitucional e deve ser utilizado toda vez que o governante, em qualquer
nível, desobedecer aos preceitos constitucionais de
gestão.
Um presidente, um
governador, um prefeito, seja ele quem for, deve estar sempre no jugo da lei,
pois ninguém é supostamente superior a ela.
Se errou, se paga. Simples
assim.
O que não se deve é
desviar-se do verdadeiro debate.
O que não se admite é a
mentira, vinda ela de onde vier.
O que não se aguenta é o
desmando com o dinheiro público.
Tudo isso, no fundo,
representa evolução da sociedade, que aprende, a duras penas é verdade, como
deve se posicionar diante dos problemas
recorrentes.
Às autoridades, cabem
cumprir o seu papel.
Ao povo, a sua
cidadania.
A nós, a nossa
parceria.
Aliados com Jesus,
venceremos sempre.
Joaquim Nabuco – Blog
Reflexões de um Imortal
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