13.12.15

Aprendizado

Que País é este que ainda se estorcega em manietudes políticas infames?
Que País é este que ainda não se indigna com práticas menores na política?
Que País é este que ainda tolera a manipulação vil do Estado em proveito pessoal desvergonhosamente?
Ficamos estarrecidos com o quadro político e moral que perdura no Brasil, mas sabemos, igualmente, que tudo se trata de processo irretorquível de mudança em movimento.
Não estou aqui a apontar erros de um e de outro. Isto não me cabe. A Justiça brasileira e outros níveis competentes haverão de dar a sentença justa para aqueles que ludibriaram o Estado brasileiro.
O que me cabe, senhores, mesmo na condição espiritual, é alertar que ainda vem muito mais por aí no tocante às sujeiras de meliantes em forma de defensores populares.
Isto é perfeitamente normal num contexto histórico do nosso País, haja vista que sempre foi objeto do saqueamento particular. Mudam-se os atores, mas o drama é sempre o mesmo.
No camarim apertam-se aqueles que desejam estar na ribalta. A sede de poder é maior do que a sede de servir sem pretensão.
Onde está o erro?
Penso que seja na educação política de nosso povo. Ou na ausência dela.
Em parte isto é responsabilidade do próprio povo, por outro lado, os agentes da política sempre fizeram para alijar o povo – e sobretudo as massas – do conhecimento de seus direitos políticos. E também de suas obrigações.
Um povo que não conquistou a sua cidadania é perfeitamente moldável aos tiranos de plantão, aos corruptos em moda, aos lobos em pele de ovelha.
Separar o joio do trigo é tarefa constante em qualquer processo político sério. Democracia se faz assim. Em tese, não há erro, há aprendizado.
O pior é que pela ausência do conhecimento pleno de seus direitos e pela apatia em acompanhar as decisões políticas, o povo passa a ser surrupiado em seus direitos.
Outra vez evoca-se o instrumento do impeditivo de governo no País. Neste sentido, nada temos a optar, mas temos o dever de alertar.
Nenhuma decisão, por mais dura e certa que possa ser, deixará de trazer no seu bojo as devidas consequências e sequelas.
O Impedimento é instrumento constitucional e deve ser utilizado toda vez que o governante, em qualquer nível, desobedecer aos preceitos constitucionais de gestão.
Um presidente, um governador, um prefeito, seja ele quem for, deve estar sempre no jugo da lei, pois ninguém é supostamente superior a ela.
Se errou, se paga. Simples assim.
O que não se deve é desviar-se do verdadeiro debate.
O que não se admite é a mentira, vinda ela de onde vier.
O que não se aguenta é o desmando com o dinheiro público.
Tudo isso, no fundo, representa evolução da sociedade, que aprende, a duras penas é verdade, como deve se posicionar diante dos problemas recorrentes.
Às autoridades, cabem cumprir o seu papel.
Ao povo, a sua cidadania.
A nós, a nossa parceria.
Aliados com Jesus, venceremos sempre.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

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