28.2.13


Mudanças
À Deus e ao Nosso Senhor Jesus Cristo, eu escrevo estas palavras.
Ninguém, em sã consciência, gostaria de aceitar o prelado papal. É tanta responsabilidade, é tanto desprendimento, que impõe uma disciplina e uma fé intransponíveis para exercer este papel.
Um papa, em sua figura, se concentra uma enormidade de deveres que ele deve dar conta da melhor maneira possível. É um rebanho de mais de um bilhão de pessoas cuja ação se dá no mundo inteiro.
Ver o que está errado e querer acertar é desafio dos grandes. Será que um papa possui tamanha possibilidade de desafiar a tudo e a todos e impor a sua vontade? Ou será que ele deve se acomodar diante das pressões e fazer aquilo que lhe seja possível.
Conheci um papa grandioso, João Paulo II.
Ele teve coragem de impor determinadas regras em seu papado, regras estas que discordo algumas delas e que me atingiu profundamente, mas foi leal aos seus princípios e teve coragem de impor mudanças. A coragem para mudar o que deve ser mudado é o requisito que se espera do novo papa.
Há um conserto geral entre os participantes, pelo que vejo, que mudanças devem ser feitas, mas que elas não sejam, para alguns, a ponto de desestabilizar o status quo.
O que vejo do lado de cá da vida é intensa movimentação para que todos sejam ungidos pelo Espírito Santo e cumpra com seus deveres e o que isso quer dizer?
Meus amigos, necessitamos, os homens, que nossas decisões sejam inspiradas, que sejam abençoadas, que possam ir ao encontro da verdade e das aspirações de todos. Pois bem, é o Espírito Santo que deve permear tais decisões e esta é gravíssima para serem tomadas açodadamente.
Creio que as mudanças virão, talvez não no impacto que desejamos, mas virão. Virão porque o mundo respira outros ares e a pressão internacional por posições mais coerentes e firmes da Igreja se faz presente em muitos flancos.
Quando absorvo as tendências mais conformistas em minhas palavras é porque sei do incrível embate que se dá no lado de cá da vida. Forças poderosíssimas, não mais logicamente que a de Deus, conspiram em favor de certa desestabilização, mas nós estamos vigilantes.
A fé, meus amigos, ainda é elemento de barganha em muitos conclaves pelos asseclas espirituais como mecanismo de dominar o mundo. Eles incitam mudanças destemperadas para destruir alguns pontos fundamentais que se assentam a nossa Igreja, por isso, todo cuidado é pouco.
Despeço-me nesta manhã de domingo com a esperança redobrada. Daqui a uma semana teremos um trono vacante e o mundo inteiro de olhos em nossas decisões.
Queira o Pai Celestial que tenhamos sabedoria para tomar as decisões acertadas e que o trono de Pedro seja, na realidade, o local onde reflita a vontade Dele sob a coordenação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que eles inspirem a todos nós.
Um abraço,
Helder Camara

Nenhum comentário:

Postar um comentário