15.2.13


O PROGRESSO...SEM DEUS
 
[...]    Os conflitos raciais, cada vez mais aguerridos, tornam o homem incapaz de discernir para acertar, enquanto as guerras de religião repontam, assustadoras, repetindo as negras e decadentes paisagens da Idade Medieval...
         A mulher, sobre cuja organização se estabelecem os liames da estrutura social, na família, sai às ruas buscando direitos igualitários aos dos homens e, não obstante, se entrega a expressões de decadência moral, que os próprios homens, desde Jesus, vêm lutando denodadamente por abandonar.
         Legaliza-se o aborto, não por obediência a qualquer princípio ético, e o infanticídio culposo, torna-se perfeitamente aceito, amparado pelas leis indignas das novas Babilônias, para repetir a expressão evangélica do passado.
         Aí estão, todavia, para incômodo de legisladores e governantes, especialistas da cultura e sociólogos, portadores de super-cultura, em desafio doloroso, a infância abandonada e a velhice desrespeitada, o expressivo índice de criminalidade em crescimento incontrolável, o abuso de barbitúricos e estupefacientes, a juventude desenfreada e o totalitarismo do poder, respondendo ao progresso com as armas do cinismo, do sarcasmo, do descrédito, e as providências tomadas de afogadilho, em nome da paz, continuamente sacrificada aos interesses subalternos da vã e chã política, não conseguem deter a guerra no Extremo ou Médio Oriente, na Ásia, na África, os seqüestros na América Latina ou as lutas de classes que explodem em toda parte, o desemprego e a miséria minando as estruturas da atualidade e provocando sucessivas crises de ódio, que crispam os oceanos sociais destes dias de agitação e inquietude...
         As doutrinas sociais que objetivavam, nas suas bases filosóficas e econômicas, restabelecer a ordem e favorecer o homem com deveres e direitos em regime de comunidade fundamentada em estruturas de dignidade, ao serem aplicadas derrubam as classes dominantes e levantam outras dominadoras em mãos de governos cruéis e arbitrários, sem qualquer solução objetiva e nobre para as imensas massas do proletariado do mundo, que continua sofredor e atormentado como sempre esteve.
         As doutrinas capitalistas, ensoberbecidas e frias, desenvolvem as fontes de riquezas e dominação e esmagam os competidores, através de mecanismos criminosos nos quais a sobrevivência do mais fraco é mantida a peso de esmolas esporádicas, enquanto a superabundância permanecem em poucas mãos, que se transformam em garras de poder nefando e criminoso, em detrimento dos restantes...
         E proliferam, abundantes, outros males...
         Esses são os tributos pagos ao progresso sem Deus. [...]
 
Livro: “Sol de Esperança” - Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos

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