O PROGRESSO...SEM DEUS
[...] Os
conflitos raciais, cada vez mais aguerridos, tornam o homem incapaz de discernir
para acertar, enquanto as guerras de religião repontam, assustadoras, repetindo
as negras e decadentes paisagens da Idade Medieval...
A mulher,
sobre cuja organização se estabelecem os liames da estrutura social, na família,
sai às ruas buscando direitos igualitários aos dos homens e, não obstante, se
entrega a expressões de decadência moral, que os próprios homens, desde Jesus,
vêm lutando denodadamente por abandonar.
Legaliza-se o aborto, não
por obediência a qualquer princípio ético, e o infanticídio culposo, torna-se
perfeitamente aceito, amparado pelas leis indignas das novas Babilônias, para
repetir a expressão evangélica do passado.
Aí estão, todavia, para
incômodo de legisladores e governantes, especialistas da cultura e sociólogos,
portadores de super-cultura, em desafio doloroso, a infância abandonada e a
velhice desrespeitada, o expressivo índice de criminalidade em crescimento
incontrolável, o abuso de barbitúricos e estupefacientes, a juventude
desenfreada e o totalitarismo do poder, respondendo ao progresso com as armas do
cinismo, do sarcasmo, do descrédito, e as providências tomadas de afogadilho, em
nome da paz, continuamente sacrificada aos interesses subalternos da vã e chã
política, não conseguem deter a guerra no Extremo ou Médio Oriente, na Ásia, na
África, os seqüestros na América Latina ou as lutas de classes que explodem em
toda parte, o desemprego e a miséria minando as estruturas da atualidade e
provocando sucessivas crises de ódio, que crispam os oceanos sociais destes dias
de agitação e inquietude...
As doutrinas sociais que objetivavam,
nas suas bases filosóficas e econômicas, restabelecer a ordem e favorecer o
homem com deveres e direitos em regime de comunidade fundamentada em estruturas
de dignidade, ao serem aplicadas derrubam as classes dominantes e levantam
outras dominadoras em mãos de governos cruéis e arbitrários, sem qualquer
solução objetiva e nobre para as imensas massas do proletariado do mundo, que
continua sofredor e atormentado como sempre esteve.
As doutrinas
capitalistas, ensoberbecidas e frias, desenvolvem as fontes de riquezas e
dominação e esmagam os competidores, através de mecanismos criminosos nos quais
a sobrevivência do mais fraco é mantida a peso de esmolas esporádicas, enquanto
a superabundância permanecem em poucas mãos, que se transformam em garras de
poder nefando e criminoso, em detrimento dos restantes...
E proliferam, abundantes, outros
males...
Esses são os tributos pagos ao progresso
sem Deus. [...]
Livro: “Sol de Esperança” - Divaldo P. Franco –
Diversos Espíritos
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