O Remédio Salutar
"Confessai as vossas culpas
uns aos outros, e orai uns pelos outros para que sareis." (TIAGO,
5:16.)
A doença sempre constitui fantasma temível no campo humano, qual se
a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de
enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é
positivamente diminuto.
A maioria das moléstias procede da alma, das
profundezas do ser. Não nos reportando à imensa caudal de provas expiatórias que
invade inúmeras existências, em suas expressões fisiológicas, referimo-nos
tão-somente às moléstias que surgem, de inesperado, com raízes no
coração.
Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica
não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?
Qualquer
desarmonia interior atacará naturalmente o organismo em sua zona vulnerável. Um
experimentar-lhe-á os efeitos no fígado, outro, nos rins e, ainda outro, no
próprio sangue.
Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a
desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.
O
grande apóstolo do Cristianismo nascente foi médico sábio, quando aconselhou a
aproximação recíproca e a assistência mútua como remédio salutares. O ofensor
que revela as próprias culpas, ante o ofendido, lança fora detritos psíquicos,
aliviando o plano interno; quando oramos uns pelos outros, nossas mentes se
unem, no círculo da intercessão espiritual, e, embora não se verifique o
registro imediato em nossa consciência comum, há conversações silenciosas pelo
"sem-fio" do pensamento.
A cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo
necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o
conselho de Tiago; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade
de enfermos encarnados ou desencarnados.
Livro: Vinha de Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel
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