19.1.18

O SER CONSCIENTE

      Quem aspira por ser amado mantém-se  na  imaturidade,  na  dependência psicológica infantil, coercitiva, ególatra.  A  afetividade  é  o  campo central para a batalha entre as diversas paixões de posse e de renúncia, de domínio e abnegação, ensejando a predominância no amadurecimento afetivo, o ser esplende e supera-se. O próximo passo é o  amadurecimento  mental, graças à compreensão de que a vida  é  rica  de  significados  e  o  seu sentido  é  a  imortalidade.  Com  essa  identificação  alteram-se    os interesses,  e  as  paisagens  se  clareiam  ao  sol  da   razão,    que consubstancia a fé no homem, na vida e em Deus. O amadurecimento mental, que se adquire pela emoção e pelo conhecimento que discerne  os  valores constitutivos  da  filosofia  existencial,  amplia  as  perspectivas  da realização completadora. Somente após lograr o  amadurecimento  afetivo, consegue o mental, por encontrar-se livre  dos  constrangimentos  e  das pseudo-necessidades emocionais. A conquista da razão  é  relevante,  por ser o princípio ordenador, responsável pela formação  do  discernimento, que reúne em um só conjunto as diferentes conquistas    intelectuais,  a fim de que  possa  utilizar  o  pensamento  de  maneira  justa,  real  e compatível com  a  consciência.  A  razão  proporciona  a  superação  do fenômeno infantil da ilusão, da fantasia, responsável  pelo  sofrimento, em se  considerando  a  impermanência  e  todos  os  acontecimentos e aspirações físicas. A mente, no seu contexto e complexidade, resulta  de duas expressões da sua natureza: o intelecto e a razão, sendo o primeiro de formação discursiva e a segunda de  caráter intuitivo. Disso decorrem duas condutas de aprendizagem no que tange ao pensamento e  ao  seu  uso correto.

Livro”O Ser Consciente - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

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