No capítulo 42 – “A Palavra
do Governador” –, de “Nosso Lar”, André Luiz nos informa que o Governador, na
certeza de que o grande conflito não seria evitado, embora todos os esforços
dos espíritos esclarecidos junto aos gabinetes nos quais a guerra estava sendo
decidida deliberou visitar o Ministério da Regeneração, para dirigir a sua
palavra paternal a todos os moradores da referida cidade espiritual, enfocando
a necessidade de trinta mil voluntários para os serviços defensivos de “Nosso
Lar”.
Permitam-nos aqui formular
algumas questões.
O que, por exemplo, o Governador
quis dizer quando disse: “Haverá serviço para todos, nas regiões de limite
vibratório, entre nós e os planos inferiores, porque não podemos esperar o
adversário em nossa morada espiritual”?!
O Governador, por certo, não
estava se referindo apenas e tão somente à maior organização de serviços no
amparo aos que haveriam de desencarnar vitimados pela guerra, certo?!
De que maneira “Nosso Lar”, e
outras cidades mais próximas ao orbe poderiam vir a sofrer com a guerra?! Será
que a guerra, agitando os encarnados, oportunizaria aos vândalos desencarnados
uma tentativa de invasão à “Nosso Lar”?!
Vejamos o que ele considera
em seguida: “Seria caridade permitir a invasão de vários milhões de espíritos
desordeiros? Não podemos, portanto, hesitar no que se refere à defesa do bem”.
E, um pouco mais adiante:
“Todos devemos estar prontos para o sacrifício individual, mas não podemos
entregar nossa morada aos malfeitores. (...) Preparemos, pois, legiões de
trabalhadores que operem esclarecendo e consolando, na Terra, no Umbral e nas
Trevas, em missões de amor fraternal; mas precisamos organizar, neste
Ministério, antes de tudo, uma legião especial de defesa, que nos garanta as
realizações espirituais, em nossas fronteiras vibratórias”.
Pedimos vênia para recordar
aos nossos irmãos internautas o episódio, já comentado por nós, inserido no
capítulo 31, intitulado “Vampiro”, quando um espírito, logrando atravessar as
linhas de vigilância, intenta ter acesso à cidade. Recordam-se?!
Sabe-se que o mal,
igualmente, pode agir por oportunismo. Encontrando ensejo, muitos espíritos
encarnados, aparentando equilíbrio, de instante para outro, podem se
transfigurar nos delinquentes que ainda são. Concordam?!
Numa manifestação pública de
contestação, qual, ultimamente, vem ocorrendo no Brasil e no mundo, sendo
inicialmente pacífica, de repente termina por degenerar, e quem não se supunha
capaz de atos de violência e vandalismo, surpreende negativamente a si mesmo,
e, não raro, aos seus próprios familiares, fazendo igual ou pior que os agitadores
confessos costumam fazer.
No início do capítulo 42,
Narcisa, em conversa com André Luiz, considerou: “Precisamos organizar
determinados elementos para o serviço hospitalar urgente, embora o conflito se
tenha manifestado tão longe, bem como exercícios adequados contra o medo”.
Medo de quê?! – indagamos. –
Não nos seria uma reação natural, o receio, caso soubéssemos que hordas de
malfeitores estivessem marchando em direção à nossa cidade, prestes, então, a
ser por elas vandalizada?! Quantas vezes, por ocasião de uma catástrofe
natural, como a de um terremoto, verificam-se saques, invasões de domicílio,
atentados, de toda ordem, contra a dignidade humana?! Infelizmente, o mal que
ainda existe em nós, e em nossos semelhantes, permanece à espreita e, em se lhe
oferecendo oportunidade, manifesta-se.
Notemos, uma vez mais, quanto
os Dois Planos, o Físico e o Extrafísico, incessantemente, agem e reagem um
sobre o outro, com ações e intenções atravessando fronteiras vibratórias.
Ousamos dizer que os Dois
Planos, são irmãos “siameses”, mormente para aqueles espíritos que não possuem
lucidez da mudança provocada pela morte, para, mentalmente, se situarem em uma
nova condição, que lhes possibilite passar a viver no degrau de cima da Escada
que devemos transpor.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 22 de janeiro
de 2018.
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