Refletindo sobre as
narrativas de André Luiz, enfeixadas no capítulo 41 – “Convocados à Luta” –, de
“Nosso Lar”, percebemos, com clareza, que os espíritos conscientes indignam-se
com as atitudes tomadas pelos países que se lançam à guerra, encabeçando “a desordem
na Casa do Pai”, e não hesitam em se colocarem ao lado dos que são agredidos,
afirmando que os países agressores, diante da Lei, pagarão “um preço terrível”.
Muito importante o que o
referido autor espiritual considera, quando traduz a palavra de Salústio: “...
os países agressores convertem-se, naturalmente, em núcleos poderosos de
centralização das forças do mal”.
Vejamos aqui, em forma de
obsessão, a presença da “mediunidade coletiva”! Podemos mesmo nos referir a um
“pentecostes” das trevas! Na época de Segunda Grande Guerra, os alemães, com as
exceções de praxe, claro, instigados por Hitler e seus sequazes, os adeptos do
nazismo, estabeleceram sintonia com as regiões trevosas – com os espíritos que,
em falanges imensas, desejavam dominar para escravizar o pensamento humano. Não
olvidemos que a “suástica”, o símbolo do nazismo, era uma cruz “retorcida” – a
cruz gamada! O propósito foi, e continua sendo, o de sempre se opor ao Cristo
de Deus!...
A loucura coletiva que tomou
conta do povo alemão, estendendo-se aos seus aliados – em especial, Itália e
Japão –, deixou claro o que comentava Salústio: “Legiões infernais
precipitam-se sobre grandes oficinas do progresso comum, transformando-as em
campos de perversidade e horror”.
No livro “Libertação”, André
Luiz, transcrevendo a preleção do Ministro Flácus, anotou no capítulo primeiro:
“Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada,
através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão
incompletas na virtude, quanto os próprios homens”.
*
Por que um acontecimento qual
o da guerra interessa tanto o Mundo Espiritual?! Por que, no caso, a Segunda
Grande Guerra, tanto interessava aos habitantes de "Nosso Lar”, que, por
assim dizer, estavam à distância dos campos de batalha?! Em “Nosso Lar”, em
1938, às vésperas de estourar a guerra, faziam-se soar constantes clarinadas,
qual se o Mundo Espiritual Superior estivesse desferindo sentido lamento pelo
desastre que estava prestes a ocorrer!...
Salústio, ainda em diálogo
com André Luiz, explanando sobre as clarinadas que se faziam ouvir, disse:
“Temos o sinal de que a guerra prosseguirá com terríveis tormentos para o
espírito humano (...), embora a distância, toda a vida psíquica americana teve
na Europa a sua origem. Teremos grande trabalho em preservar o Novo Mundo”.
*
Não resta dúvida de que se,
após uma guerra de destruição, a Humanidade se empenha na retomada do
progresso, qual ocorreu após o término da Segunda Guerra Mundial, o progresso
até então havido, se não tivesse sofrido drástica interrupção, teria sido muito
maior – principalmente, no campo da fraternidade legítima, de vez que, até
hoje, sob o aspecto moral, os homens estão a lidar com as sequelas morais
deixadas pelo confronto de lamentável memória.
*
No desdobramento do capítulo
41, André Luiz transcreve alguns diálogos registrados entre os habitantes
comuns de “Nosso Lar”, naturalmente preocupados com os familiares e amigos que,
estando encarnados, haveriam de sofrer as consequências da desordem, que
haveria de criar – como criou – centenas de carmas individuais e coletivos,
que, em maioria, ainda não foram ressarcidos.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 15 de janeiro
de 2018.
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