Ao Espiritismo coube resgatar esse
conhecimento intencionalmente expurgado pela força negativa no mundo ocidental.
Tem como missão revelar essa verdade, conduzir as pessoas à aceitação de uma
verdade fundamental para o progresso do ser humano. Trata-se, por certo, do
primeiro degrau da porta e entrada aos arcanos do conhecimento místico, da
escada mediante a qual o espírito ascende com mais rapidez.
A proposta do Espiritismo não é de ensinar
elevados conceitos metafísicos, isto é reservado a outras doutrinas. O seu
papel é o de conduzir a pessoa no caminho do retorno à ascensão espiritual. O
povo ocidental metafisicamente ainda é muito elementar, a não ser os que
pertencem a certas organizações iniciáticas. De um modo geral, a massa é
totalmente ignorante quanto aos conceitos elevados a respeito da
espiritualidade, e o Espiritismo é o primeiro passo da senda. Como tem que
atender à uma parcela de conhecimentos místicos rudimentares ele não poderia
ser muito metafísico. É por isto que muitos o consideram uma doutrina
elementar, mas isto não o invalida, bem ao contrário, o seu papel é
extremamente significativo, pois se trata do trazer um sistema diferente de
doutrina que, ao mesmo tempo em que atenda às limitações dos seus adeptos, os
leve à aceitação dos princípios da reencarnação. Não tendo conceitos minuciosos
e elevados é exatamente ele que atrai o maior número de pessoas possíveis.
Se o Espiritismo contivesse uma doutrina
muito refinada, bem metafísica por assim dizer, não seria fácil uma pessoa aceitá-lo
e assim poder trocar os conceitos uni-encarnacionistas e os dogmas elementares
ensinados pelas atuais religiões cristãs pelas idéias relativas à transmigração
do espírito.
Não é fácil o afastar-se diretamente do
Cristianismo Ortodoxo e abraçar o Cristianismo Gnóstico por exemplo, desde que
existe um grande abismo separando os conceitos uni-encarnacionistas dos
pluri-encarnacionistas, e cabe, exatamente ao espiritismo servir de elo
intermediário, de funcionar como uma ponte entre um sistema e outro, por onde
as pessoas possam chegar aos altos fins da existência.
O Espiritismo é sistema religioso simples
mas de grande importância no que tange a significação da solidariedade humana,
da ajuda mutua, em suma, da caridade acima de tudo.
O que não é comum às pessoas saberem é que
no estabelecimento do Espiritismo houve a mão do Druidismo. Na realidade o
livro básico do Espiritismo é intitulado de "O Livro dos Espíritos"
que foi escrito por um médico francês chamado de Hippolyte Léon Denizard Rivail
(1804-69), que usava como pseudônimo a palavra Allan Kardek. Léon dizia que
usava este nome por haver sido ele o seu nome numa encarnação anterior em que
fora um sacerdote druida. Na realidade isto é correto, houve na verdade um
sacerdote druida de altíssima estirpe na civilização céltica, chamado Allan
Kardek.
Não nos cabe agora descrever em detalhes
quando e onde exatamente Allan Kardek viveu, apenas nos basta saber que foi na
Civilização Céltica. Há registros de que ele por séculos viveu ensinando nos
templos druídicos.
O "Altíssimo Sumo Sacerdote
Druida" disse que voltaria a encarnar para cumprir com a missão de trazer
ao mundo ocidental conhecimentos que haviam sido ocultados por milênios. Kardek
na realidade cumpriu com aquilo que havia prometido, voltou para cumprir bem
sua missão semeando a semente de que existiam encarnações múltiplas, por meio
do Espiritismo.
Kardek, podemos dizer, foi o mais alto
sacerdote entre todos os que viveram em missão junto ao mundo Celta. Ele, tal
como depois veio novamente a fazer quando da encarnação de Hypolyte Léon, disse
que houvera sido numa encarnação anterior um Sumo Sacerdote da Atlântida e ali
tivera o de Kan.
Kan participava da mais elevada hierarquia
entre os governantes da Atlântida. Legislador, sacerdote, cientista, pensador e
outras qualificações tornaram-no um dos mais eminentes guias espirituais da
Atlântida.
Kan foi um dos que previram o fim
calamitoso daquele continente caso não fosses tomadas medidas sérias contra
determinadas condutas, especialmente no mundo científico. Ele e inúmeros outros
cientistas e sacerdotes souberam com antecedência o que estava fadado a
acontecer se determinadas experiências continuassem a ser praticadas da forma
como estavam sendo feitas na Atlântida. Previram que tudo acabaria numa
tragédia inconcebível e sendo assim aquele grupo de pensadores discordantes,
dirigidos por Kan, sabendo que não dispunham de meios para deter a insensatez
de muitos, passaram a pregar que os que quisessem sobresistir, e ao mesmo tempo
salvar os conhecimentos milenares daquela civilização, deveriam sem perda de
tempo emigrar.
Foi a partir dos que compunham a hierarquia
encimada por Kan que se formaram as correntes migratórias que precederam ao
afundamento do Continente Atlanta. Kan no devido momento se fez presente no
Egito onde se iniciava a mais florescente "colônia" atlante. Ele foi,
foi por assim dizer, o fundador daquela grande civilização, e um dos que
primeiro dirigiu aquele povo.
Em decorrência disto o Egito foi no passado
e ainda hoje também conhecido pelo nome de TERRA DE KAN.
No Antigo Egito Kan assumiu o nome de Toth
que mais tarde os gregos associaram a um Deus do Olímpio chamado Hermes. Parte
dos ensinamentos de Toth estão com o nome de Hermes, conhecido também pelo nome
de Hermes Trismegisto, ou Mercúrio, o Mensageiro dos deuses. Os ensinamentos de
Toth, impropriamente chamado de Hermes, estão expostos em muitos papiros, sendo
os mais conhecidos deles a "Tábua as Esmeraldas" e "Pistis Sóphia".
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