Enquanto os homens de
negócios comiam e bebiam fartamente nas hospedarías e nas casas particulares, o
ambiente dos animais, onde iria nascer o Senhor ficaria esquecido por eles e
isso era vantagem para os trabalhos da Luz. Uma claridade diferente banhava o
ambiente onde se encontravam Maria e José! A palha, que sobrara dos animais na estrebaria,
foi colhida e arrumada à guisa de cama e cada talo de capim era como que uma
chama de luz acesa pelos Espíritos tutelares do Mundo Maior, como esperança de
que o mundo iria receber o sol da verdade, o Instrumento da Libertaçaõ e todas
as nações seriam beneficiadas com o evangelho!
Maria, recostada em um monte de feno,
estava em pleno êxtase! Um halo de luz a circundava, como se fosse um arco-iris
de grandes proporções. Tudo em derredor exalava perfume dos mais inebriantes!
Os animais estavam todos em silêncio, como se tivessem sido domados para isso.
Não suportando as vibrações elevadas que emanavam daquele ambiente, José se
afastou por instantes. A harmonia transcendia a si própria e o amor ocupou as
vibrações daquele quadro, onde se via grande número de seres angélicos, todos
se movimentando sem saírem do rítimo da paz; três deles, os mesmos que, desde o
início acompanharam o processo divino, estavam mais próximos da mãe agraciada
pelos céus.
(...)Os três Espíritos ajoelharam-se em
torno da mãe do Senhor e, de uma só voz falaram neste tom inesquecível;
- Gloria a Deus nas alturas e paz na Terra
a todas as criaturas!
A criança chorou, em dimensão que se fez
entender por todos os mensageiros que vieram à sua frente, para abrir caminhos,
no sentido de se cumprir sua divina missão...
Livro: Maria de Nazaré
João Nunes Maia - Miramez
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