Questão
331 do Livro dos Espíritos
Nem
todos os Espíritos se preocupam com a reencarnação. Muitos deles não
compreendem essa lei. Há Espíritos que, mesmo sendo trabalhadores de certas
colônias espirituais, ignoram muitas leis. Eles não têm tamanho espiritual para
compreenderem os destinos da alma com maior extensão. Muitos deles são
afetuosos, de sorte a agradar aos que convivem com eles; a bondade já faz parte
dos seus sentimentos, no entanto, ignoram as leis que os dirigem e comandam.
Porém, o dia deles chegará como aviso a reingressar na carne, em busca de novos
aprendizados, juntos aos homens, onde antes foram homens igualmente.
A
vida em todas as dimensões é uma eterna busca de crescer e prosperar. A
diversidade no campo evolutivo das almas é sobremaneira grandiosa, de modo a
muitos ignorarem essas qualificações, mas Deus assim o quis para atender a
todos, nas posições que desejarem tomar.
Notamos
que em muitos Espíritos de certa evolução, nas linhas da compreensão, no
momento de reencarnarem, a emotividade toma seus sentimentos e o medo invade
seu íntimo. Há outros que desconhecem o medo, mesmo sem certo alcance das leis
de Deus; não obstante, a reencarnação não deixa por isso de ser um instrumento
de despertar espiritual para todos, sem exceção.
As
leis de Deus são fatos imutáveis, na mutabilidade do tempo e do espaço;
entrementes, os grandes missionários do amor passam pela porta estreita das
vidas sucessivas, cantando o hino da esperança. Isso nos encoraja a todos a
fazermos o mesmo, confiando mais em Deus, na esperança de que o Cristo não
abandonará Suas ovelhas, que são de todos os apriscos, entregues a Ele pelo Pai.
Em
momento algum podemos esquecer Jesus, em todos os planos em que Ele se
encontra, e a vida nos mostra Sua presença divina em todos os fatos. A
reencarnação é como se fossem degraus em toda a nossa subida espiritual: cada
troca de corpo representa um degrau alcançado. São mudanças de aprendizado,
onde a consciência cresce e o coração se ilumina.
A
reencarnação pode ser, em alguns casos, a regressão da forma, não do Espírito
imortal, que guarda na consciência todas as experiências, como talentos de
ouro. A Doutrina dos Espíritos, que veio mostrar o Cristo na Sua plenitude de
amor, é mão de luz que nos guia para uma compreensão maior, a nos preparar para
a desencarnação sem, ou com pouca' perturbação na harmonia mental.
Quem
se encontra de posse das mensagens espirituais da obra do codificador do
espiritismo e dos seus prosseguimentos e que não foge à verdade dos princípios
doutrinários de Allan Kardec, encontra-se munido de meios e forças para avançar
e prosseguir, na carne e fora dela, no conhecimento de si mesmo, sabendo a
verdade que tem o poder de nos libertar da ignorância.
Sejamos
discretos no que fazemos, verdadeiros no anúncio da Boa Nova de Jesus e
doadores por excelência naquilo a que fomos chamados pelos dons que possuímos.
Não percamos tempo com as paixões, que podem nos iludir por muitos anos.
O
Espiritismo nos acorda para as realidades e nos mostra Jesus como Ele não deixa
de ser. Se mesmo reencarnado o medo das voltas à carne imperar, que se trabalhe
mais no bem comum, amando mais todos e tudo, que a caridade salvará o Espírito
desse estado negativo, dotando-o de coragem para voltar ao mundo das formas
quantas vezes forem necessárias para a sua felicidade.
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