A PALAVRA DE IRMÃO JOSÉ
Tão somente para
reflexão, nossa e de nossos irmãos e irmãs internautas, transcrevemos hoje no
Blog a oportuna e inédita mensagem que, ainda a pouco, o venerável Irmão José
grafou por intermédio do médium de que, igualmente, nos servimos nas atividades
que desenvolvemos. Esperamos que ela lhes possa ser tão útil quanto o tem sido a
nós outros no cumprimento dos árduos deveres que nos cabem, na Causa que
abraçamos.
DEVERES QUE CUSTAM
“Somente na vida futura podem
efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra”. (De “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. V – Bem-aventurados os
aflitos)
Existem deveres impostos pela consciência que
sempre muito custam àqueles que são chamados a cumpri-los, sobretudo num orbe no
qual, infelizmente, as conveniências humanas ainda prevalecem sobre a
Verdade.
Não resta dúvida de que, na Terra, mesmo entre os mais ardorosos
defensores do Bem, existe muita contemporização em torno do mal.
E, não raro,
por estranho pareça, essa contemporização com o mal se dá justamente sob o falso
preceito de se praticar o Bem.
Trata-se este de um dos piores sofismas para
que o erro e a mentira continuem se perpetuando e confundindo os que, por si,
ainda não sabem distinguir o joio do trigo.
Por esta razão, quase sempre, os
mais fieis discípulos do Bem haverão de se sentir sozinhos, sem poder contar com
a solidariedade nem mesmo daqueles que, embora sendo bons, não dispõem de
suficiente coragem para, de peito aberto, terçar armas contra as escaramuças do
mal.
Saibamos, porém, que existem deveres espirituais de natureza mais
profunda, nos quais os que são chamados a desempenhá-los haverão de ser
francamente hostilizados, por quem, noutras circunstâncias, os
aplaudiriam.
Enquanto a luz conter um resquício de sombra, ela não será
claridade plena.
Somente quando se lhe oferecer leito completamente
despoluído, é que a fonte deslizará por ele sem graves riscos de contaminação no
percurso.
Na existência humana, existem deveres que, por se fazerem tão
óbvios, são dignos de elogio àqueles que se esmeram em executá-los com
denodo.
Outros deveres, porém, muito mais complexos, embora não agradando a
quem os vê executados, e muito menos a quem os executa, devem ser executados,
custe o que custar.
Não imaginem que o Bem possa se alegrar na tarefa que lhe
cabe de denunciar o mal, onde o mal se faça presente com os seus inúmeros
disfarces.
Em sã consciência, qual o magistrado que se rejubila por ser
induzido a lavrar extrema sentença contra aquele que, muitas vezes, ante a
indiferença da sociedade, extrapolou em suas atitudes?!
Qual o médico que,
mesmo a pretexto de lhe salvar vida, se sente feliz por amputar um membro do
corpo de quem há de permanecer na condição de invalidez?!
Certamente, deve
ter sido com muita dor na alma que o Cristo, que desceu a Terra com a missão
precípua de confortar os humildes e oprimidos, empunhou a vergasta com que,
certa vez, se viu compelido a cumprir o pesado dever de expulsar os vendilhões
do templo.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 9 de setembro de
2013.
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