– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
Encerrando o capítulo IV –
“Numa Cidade Estranha” –, André Luiz relata que, caminhando pela cidade,
subiram por uma rua íngreme e, de repente, avistaram palácios estranhos que
surgiam, imponentes...
Embora estivessem numa cidade
semelhante àquelas da Idade Média, os três amigos haviam alcançado “praças bem
cuidadas, cheias e povo”, que ostentavam “carros soberbos, puxados por escravos
e animais.”
Notemos que descrição
impressionante é digna dos enredos de filmes que Hollywood produz, tentando
retratar a vida dos homens há séculos...
“Liteiras e carruagens
transportavam personalidades humanas, trajadas de modo surpreendente, em que o
escarlate exercia domínio, acentuando a dureza dos rostos que emergiam dos
singulares indumentos.”
Seria tudo aquilo mera
criação mental daquelas entidades que viviam na Dimensão subcrostal?! Com
certeza, não. Tais espíritos, assim como distintos portugueses desencarnados, haviam
edificado, no século XVI, a cidade de “Nosso Lar”, edificaram aquela cidade
lúgubre, em cujo centro se concentravam os “senhores” que ali haviam
estabelecido o seu feudo espiritual...
Segundo André, era um reino
de misérias, favorecendo a poucos “privilegiados”!
De repente, com certeza sendo
notados em seu porte diferente, e até mesmo em suas vestes, os três foram
interpelados por alguém que a eles se dirigiu descortês.
- Que fazem?
Era um homem alto, de nariz
adunco e olhos felinos, com todas as maneiras do policial desrespeitoso, a
identificar-nos.
- Procuramos o sacerdote
Gregório, a quem estamos recomendados – esclareceu Gúbio, humilde.
Sintetizando, André informa
que a sentinela os conduziu à presença de Gregório, que não os recebeu com
hospitalidade. Possivelmente, com as suas percepções aguçadas, o sacerdote, que
ali dominava, vivia à espera de adversários de seus planos – convém, novamente,
informar que Gregório era o Papa Gregório IX, desencarnado em 1241, em Roma,
Itália. Ora, há quantos séculos, em espírito, Gregório permanecia naquela
situação espiritual?!...
Tendo André Luiz, o Dr.
Carlos Chagas, desencarnado na década de 30, no século XX, podemos dizer que
Gregório estacionara naquela condição, no mínimo, há quase sete séculos, ou
seja, 700 anos!...
Que pensam os nossos
internautas a respeito?! Gregório, com a sua força mental – espírito altamente
intelectualizado, sem dúvida –, poderia sustentar-se por tanto tempo em seu
corpo espiritual?!...
O diálogo a seguir nos
demonstra que ele, Gregório, tinha perfeita noção de sua desencarnação – sabia
que não mais estava na Crosta.
- Vieram da Crosta, há muito
tempo?
- Sim – respondeu nosso
Instrutor –, e temos necessidade de auxílio.
- Já foram examinados?
- Não.
- E quem os enviou? –
inquiriu o sacerdote, sob visível perturbação.
- Certa mensageira de nome
Matilde.
O anfitrião estremeceu, mas
observou, implacável:
- Não sei quem seja (...).
*
Antes de concluirmos os
estudos da semana, necessitamos dizer que, igualmente, nas Esferas Espirituais,
o perispírito está sujeito à menor ou menor capacidade longeva. Sobre a Terra,
se alguns vivem apenas alguns minutos, ou não mais que poucos dias, outros
alcançam idade quase centenária, não é assim?!...
Este tema, sem dúvida, é um
desafio aos estudiosos do Espiritismo, que, infelizmente, sobre ele têm se
calado.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 3 de dezembro
de 2018.
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