Questão 476 do Livro dos
Espíritos
O homem de bem a que aqui nos
referimos é aquele que já se encontra moralizado, pelo domínio do Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa criatura tem força sobre os Espíritos
ignorantes e basta a sua presença para eles se afastarem. O ambiente puro os
constrange, impacienta, e eles o abandonam, quando este se encontra carregado
de fluidos elevados.
Quando uma alma vai conversar
com um Espírito que esteja influenciando alguma pessoa, e essa alma não reúne
condições morais para tal empreendimento, ele não a respeita, e passam a
discutir e até mesmo a trocar impropérios. A força moral é tudo no aprendizado,
bem como para afastar as más entidades que perturbam o ambiente familiar e as
pessoas.
Mas, para ficar livre de
entidades malfazejas definitivamente, o homem deve se moralizar, empenhar-se
para reformular ideias, consertar pensamentos e mudar de vida. Mudando
interiormente a lei se encarrega das mudanças externas. A obsessão, que chega
por descuido à possessão, pode entrar sem que a criatura o perceba de modo mais
claro. A sutileza é muito grande e é preciso muita sensibilidade do encarnado,
para percebê-la, porque entre nossos pensamentos existem intervalos, pequenos
que sejam, mas, que permitem a intromissão dos pensamentos estranhos.
Pode ser pelas ideias
estranhas que os nossos pensamentos sejam mudados; assim, não devemos aceitar
os enxertos fascinadores carregados de paixões inferiores. O raciocínio, neste
caso, deve ser puro, para a devida seleção de valores.
O que ocorre no mundo dos
encarnados pode se passar no mundo dos Espíritos. Estes, quando inferiores,
subjugam Espíritos ignorantes, assim como Espíritos iluminados ajudam os
sofredores pelos mesmos processos. É a mediunidade agindo em toda parte,
precisando ser moralizada, educada nos planos de Jesus. No caso do orientador
sem a devida moral evangélica, quando passa a falar com Espíritos, no sentido
de afastá-los de determinadas pessoas que estes perseguem, os Espíritos
inferiores não o respeitam, nem atendem à sua argumentação e, por vezes os
benfeitores não atendem a seus chamados, por não estarem devidamente seguros no
que falam, por não viverem o que ensinam. Neste caso, a moral elevada é força
da alma para a paz onde quer que seja.
O homem de bem é uma luz onde
estiver, transmitindo paz para onde entender e mostrando para os que o cercam o
amor a se irradiar do seu sensível coração. Todas as organizações espíritas
haverão de mostrar, primeiramente, pelo exemplo dos seus dirigentes, o que é vida
reta, e os que ouvem os conselhos se interessarão pela prática dos ensinamentos
do Cristo. Desta forma, os Espíritos inferiores que desejam melhorar, assimilam
os conceitos valiosos de Jesus, e os que não se interessam se retiram,
procurando outro ambiente que lhes sirva de campo para as suas inferioridades
morais.
A vida é sintonia; somente
colhemos o que plantamos, em pensamentos, palavras e atos. Orar e vigiar,
novamente entra em pauta, porque a fascinação pode dominar com muita facilidade
as pessoas. Pode o encarnado sugerir pensamentos inferiores e estes serem
absorvidos como sendo seus, e essa sugestão pode ser diária, até chegar mesmo à
possessão.
A Doutrina dos Espíritos é
campo de informações seguras de como livrar-se das más influências de Espíritos
enganadores. Compete a nós outros um trabalho de seleção daquilo que vem à
nossa mente. A Terra já é ambiente propenso à inferioridade e sofremos
influência ainda maior quando atraímos para junto de nós, Espíritos voltados
para o mal.
Jesus é a segurança. Abre os
braços em busca do Mestre, que Ele já abriu o coração para toda a humanidade.
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