27.12.18

AÇÃO DO HOMEM DE BEM


Questão 476 do Livro dos Espíritos

O homem de bem a que aqui nos referimos é aquele que já se encontra moralizado, pelo domínio do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa criatura tem força sobre os Espíritos ignorantes e basta a sua presença para eles se afastarem. O ambiente puro os constrange, impacienta, e eles o abandonam, quando este se encontra carregado de fluidos elevados.
Quando uma alma vai conversar com um Espírito que esteja influenciando alguma pessoa, e essa alma não reúne condições morais para tal empreendimento, ele não a respeita, e passam a discutir e até mesmo a trocar impropérios. A força moral é tudo no aprendizado, bem como para afastar as más entidades que perturbam o ambiente familiar e as pessoas.
Mas, para ficar livre de entidades malfazejas definitivamente, o homem deve se moralizar, empenhar-se para reformular ideias, consertar pensamentos e mudar de vida. Mudando interiormente a lei se encarrega das mudanças externas. A obsessão, que chega por descuido à possessão, pode entrar sem que a criatura o perceba de modo mais claro. A sutileza é muito grande e é preciso muita sensibilidade do encarnado, para percebê-la, porque entre nossos pensamentos existem intervalos, pequenos que sejam, mas, que permitem a intromissão dos pensamentos estranhos.
Pode ser pelas ideias estranhas que os nossos pensamentos sejam mudados; assim, não devemos aceitar os enxertos fascinadores carregados de paixões inferiores. O raciocínio, neste caso, deve ser puro, para a devida seleção de valores.
O que ocorre no mundo dos encarnados pode se passar no mundo dos Espíritos. Estes, quando inferiores, subjugam Espíritos ignorantes, assim como Espíritos iluminados ajudam os sofredores pelos mesmos processos. É a mediunidade agindo em toda parte, precisando ser moralizada, educada nos planos de Jesus. No caso do orientador sem a devida moral evangélica, quando passa a falar com Espíritos, no sentido de afastá-los de determinadas pessoas que estes perseguem, os Espíritos inferiores não o respeitam, nem atendem à sua argumentação e, por vezes os benfeitores não atendem a seus chamados, por não estarem devidamente seguros no que falam, por não viverem o que ensinam. Neste caso, a moral elevada é força da alma para a paz onde quer que seja.
O homem de bem é uma luz onde estiver, transmitindo paz para onde entender e mostrando para os que o cercam o amor a se irradiar do seu sensível coração. Todas as organizações espíritas haverão de mostrar, primeiramente, pelo exemplo dos seus dirigentes, o que é vida reta, e os que ouvem os conselhos se interessarão pela prática dos ensinamentos do Cristo. Desta forma, os Espíritos inferiores que desejam melhorar, assimilam os conceitos valiosos de Jesus, e os que não se interessam se retiram, procurando outro ambiente que lhes sirva de campo para as suas inferioridades morais.
A vida é sintonia; somente colhemos o que plantamos, em pensamentos, palavras e atos. Orar e vigiar, novamente entra em pauta, porque a fascinação pode dominar com muita facilidade as pessoas. Pode o encarnado sugerir pensamentos inferiores e estes serem absorvidos como sendo seus, e essa sugestão pode ser diária, até chegar mesmo à possessão.
A Doutrina dos Espíritos é campo de informações seguras de como livrar-se das más influências de Espíritos enganadores. Compete a nós outros um trabalho de seleção daquilo que vem à nossa mente. A Terra já é ambiente propenso à inferioridade e sofremos influência ainda maior quando atraímos para junto de nós, Espíritos voltados para o mal.
Jesus é a segurança. Abre os braços em busca do Mestre, que Ele já abriu o coração para toda a humanidade.

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