Alguém, certa vez, afirmou
que não precisaríamos de Deus. Simplesmente apagaríamos esta ideia e o mundo
continuaria sendo o mesmo eternamente.
Deus, segundo esse
raciocínio, é uma fábula humana, uma criação desnecessária, o homem, por si só,
teria condições de se explicar e a tudo que o cerca.
Para que Deus? Para quem
segue esta lógica, Deus representa apenas uma figura de retórica e instrumento
de manipulação de gente ignorante.
Hodiernamente, uma nova classe
de anti-Deus se posta na trincheira ateísta. Os novos cientistas de plantão
acham absurda a ideia de Deus. Deus é uma invenção, Deus é um delírio dos
povos.
Contra essa corrente de
opinião, pautada pela ignorância divina na criação, aportam-se os deístas de
toda ordem.
Uns, o supremo arquiteto do
universo e causa racional da humanidade.
Outros, o miraculoso, o que
tudo pode e faz, o que governa as nossas vidas, o tirano, de certa forma.
Alguns mais atribuem a Deus o
papel paternalista, de acobertador das nossas imperfeições e males, super
protetor dos seus filhinhos indefesos e incautos.
Há outras explicações e
derivações da concepção divina, mas quero atribuir a minha aqui neste espaço.
Deus é tudo, é a potência
máxima, é a razão de ser do universo, da imensa criação, o principio de tudo,
onde tudo se originou e para onde todos caminharão.
Não crer na Sua existência é
tolice de materialistas prepotentes. Lógico que Deus nunca existiu com os
atributos humanos que lhe desenharam, no entanto, diminui-lo pela nossa
pequenez e dizer que Ele é uma invenção da imaginação humana é desprezar a
totalidade e perfeição do Cosmos e da natureza que nos abriga.
Crer que tudo é obra do
acaso, que criou-se fortuitamente, que apareceu do nada, é absurdo maior.
Por não ter a explicação
total, por não compreender a sua plenitude, por não conseguir chegar até Ele,
não quer dizer que Ele não exista.
Apequenar Deus, aliás, tem
sido a preocupação dos homens, poucos desses quiseram aceitar o desafio de
tentar entende-lo pela lógica da máxima grandeza possível.
Deus, porém, creio, não está
nem aí para isso, para os rebeldes de Sua criação.
Ele é aquele ou o que podemos
atribuir a excelsitude. Não podemos compreendê-lo na sua inteireza, podemos,
entretanto, atribuir, mesmo que distorcidamente, uma ideia do que Ele poderia
vir a ser.
Tenhamos calma, pois
logo-logo haveremos de subir um degrau a mais na trajetória humana da terra e
aí compreenderemos um pouco mais da Sua verdadeira face.
Acalmemos os nossos ânimos
diante desses improváveis autossuficientes e pautemos a nossa conduta de
adoração respeitosa e de encaminhamento de sua ação venturosa em nossas vidas.
Aos que Nele acreditam ou
percebem sua presença grandiosa, sejamos os continuadores de Sua obra
interminável.
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal.
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