2.12.18

Perfeição


A perfeição é um lema. Algo a trabalharmos no nosso trajeto na humanidade. É um exercício diário e contínuo e que deve ser realizado sem demora. É a nossa meta maior existencial. E vamos chegar a ela.
O que, porém, é necessário para sermos perfeitos?
Muito, mas comecemos por analisar os nossos potenciais íntimos. Quero aqui focar na nossa luz interior e não nas nossas aparentes e temporárias imperfeições.
Como criaturas do Criador maior é natural que tenhamos incrustados em nós o gérmen da perfeição herdado diretamente de nosso Pai Amantíssimo. A perfeição, portanto, deve ser encarada como algo inerente à nossa natureza. Somos naturalmente perfeitos.
Outro aspecto relevante neste debate é que a perfeição que almejamos – e um dia a teremos – não será a perfeição absoluta, mas a perfeição possível aos olhos de Deus. Perfeição relativa, em outras palavras. Não seremos iguais a Deus, mas refletiremos, como dizem as escrituras, a Sua imagem.
Imaginar a perfeição nos é um direito dado pelo Criador das nossas vidas, mas convenhamos que estamos imensamente distantes de saber o que seja. Fazemos juízo de valor, temos uma vaga compreensão, ficamos, entretanto, no nível da conjecturação.
A perfeição inerente a nós mesmos não pode ser confundida com estados de perfeccionismo. Uma representa o esforço consciente de nosso progresso espiritual. O outro representa uma vaga demonstração de orgulho sem qualquer consequência positiva.
A perfeição está no campo da perfectibilidade e não do perfeccionismo.
Tem gente, meu Deus, que não deseja errar nada, mudar nada, fazer nada diferente. É daquele jeito e ponto final. A última palavra é a sua. Expressão pura de arrogância.
Haveremos de mudar continuamente. Passo a passo. Devagar e sempre. Sem esforço improdutivo, consciente de nosso papel e ritmo.
Confiemos na figura excelsa do Criador que nos guiará nos caminhos aparentemente tortuosos da perfectibilidade que nos espera.
Consciente de nosso papel redentor e criador, Deus nos amparará e Jesus nos conduzirá.
Juntemo-nos ao Senhor das nossas vidas e sustentemo-nos nas mãos seguras do Mestre Jesus.

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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