– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
Alhures, já tivemos
oportunidade de dizer que a Obra de André Luiz realiza, sob a coordenação do
Mundo Espiritual Superior, a transição do pensamento católico para o pensamento
espírita – tal transição, evidentemente, não poderia ser brusca, sem promover uma
violência mental no campo da fé das almas que ainda não sabem se valer da
razão.
*
Continuando com a sua
descrição sobre o “julgamento”, além da morte, naquela “cidade estranha”, André
Luiz descreve a presença dos espíritos considerados “magistrados”, que tomavam
a Justiça Divina em suas mãos – a cena descrita pelo Autor espiritual é a
expressão da realidade para milhares de espíritos que, todos os dias, deixam o
corpo na Terra.
*
- Os magistrados! os
magistrados! Lugar! lugar para os sacerdotes da justiça!
André diz que notou os
referidos “magistrados”, precedidos por serviçais, “trajados à moda dos
lictores (servidor público civil romano) da Roma antiga”, adentraram ao
recinto, carregados em andores – era uma espécie de solenidade religiosa, um
tribunal armado no Mundo Espiritual para proceder ao julgamento das almas
desenfaixadas do corpo físico.
*
- Os julgadores, por sua vez,
desceram, pomposos, dos tronos içados e tomaram assento numa espécie de nicho a
salientar-se de cima, inspirando silêncio e temor, porque a turba inconsciente,
em redor, calou-se de súbito.
Tudo lembra, sem dúvida, o
que, por vezes, continua acontecendo em alguns atos religiosos e nas aparições
de certas autoridades católicas – bispos, cardeais, Papa –, embora, semelhante
costume, nos tempos atuais, venha sendo abolido pela Igreja.
*
As palavras de um dos
“julgadores” aos espíritos que ali se concentravam foram estarrecedoras –
impressionante o domínio mental que exerciam sobre eles! Aquelas entidades
estavam “criando” um tribunal para o julgamento das almas – com o intuito de
que a sua teologia não fosse desmentida pelas realidades de além-túmulo.
*
- Nem lágrimas, nem lamentos.
Nem sentença condenatória,
nem absolvição gratuita.
Esta casa não pune, nem
recompensa.
A morte é caminho para a
justiça.
Escusado qualquer recurso à
compaixão, entre criminosos.
Não somos distribuidores de
sofrimento, e, sim, mordomos do Governo do Mundo. (...)
*
Gúbio esclareceu:
- O julgador conhece à
saciedade as leis magnéticas, nas esferas inferiores, e procura hipnotizar as
vítimas em sentido destrutivo, não obstante usar, como vemos, a verdade
contundente.
*
Os nossos irmãos e irmãs
internautas poderão imaginar a cena, que, infelizmente, é real, retratando o
que ainda ocorre com aqueles que deixam a Terra de mente infantilizada, presa
ao fanatismo religioso, na expectativa de Céu, Inferno ou Purgatório.
Depois da morte do corpo, a
mente mergulha no mundo de suas convicções mais íntimas, sustentando ilusões
nas quais, durante séculos vem acreditando.
Vejamos, assim, a importância
do Espiritismo, que, no dizer de Emmanuel, por Chico Xavier, “é processo
libertador de consciências”!...
INÁCIO FERREIRA – Blog
Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 17 de dezembro
de 2018.
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