"O médico verdadeiro não
tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe
ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e
achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe,
ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita,
ou diz a quem chora à porta que procure outro - esse não é médico, é negociante
de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos
da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade
que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a
sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da
vida".
Bezerra de Menzes
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