Os nossos irmãos haverão de
nos perdoar, uma vez mais, se nos demoramos na reflexão do capítulo 33, de
“Nosso Lar”. Acontece, porém, que todos os capítulos da mencionada Obra estão
repletos de preciosas lições – que não nos devem passar despercebidas, pelo seu
conteúdo altamente elucidativo e revelador.
*
Quando os “Samaritanos” estão
regressando do Umbral, onde haviam resgatado inúmeros irmãos desencarnados
quase em estado de completa demência, André Luiz não pode deixar de manifestar
surpresa com “seis grandes carros, formato diligência, precedidos de matilhas
de cães alegres e bulhentos”, que “eram tirados por animais que, mesmo de
longe”, lhe “pareceram iguais aos muares terrestres”.
Notando o meio de transporte
quase primitivo, em comparação com o progresso tecnológico que, à época, já
existia em “Nosso Lar”, utilizado para socorrer aqueles irmãos e irmãs, André indagou
a Narcisa: - “Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?” Sim,
será que a cidade não dispunha de recursos mais avançados para semelhante
tarefa de resgate?! Por que aqueles carros antigos, que, certamente, não mais
circulavam nas ruas de “Nosso Lar”?! E, ainda, puxados por muares?! Com
matilhas de cães na escolta dos “Samaritanos”, e os “íbis viajores”, pássaros
da família dos pelicanos, que seguiam a caravana, com a tarefa de devorarem “as
formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas
umbralinas”?!...
*
Informações paralelas: no
antigo Egito, o Íbis era considerado sagrado e, segundo os pesquisadores,
associado à adoração ao deus Thoth, o deus da escrita e da sabedoria, crendo
que havia sido ele o criador dos hieróglifos. Às vezes, o Íbis era representado
com a cabeça de um babuíno.
*
O Íbis, acompanhando os
“Samaritanos”, exerciam, naquelas regiões umbralinas, função semelhante a dos
abutres e urubus, aves aparentadas com os condores, que são extremamente úteis
na Natureza, devorando as vísceras cadavéricas de animais e homens insepultos.
Ainda, pela informação de Narcisa a André Luiz, “entrando em luta franca com as
trevas umbralinas”, os Íbis, pelo seu avantajado tamanho e grunhidos, inspiram
medo às formas animalescas que pululam nas regiões limítrofes às cavernas
existentes nos subterrâneos do Umbral.
*
Não obstante, no referido
capítulo de “Nosso Lar”, o que mais chama a atenção, sem dúvida, é resposta de
Narcisa a André Luiz, justificando a não utilização de veículos mais modernos
naquela tarefa de resgate: “Questão de densidade da matéria. Pode você figurar
um exemplo com a água e o ar. O avião que fende a atmosfera do planeta não pode
fazer o mesmo na massa equórea. Poderíamos construir determinadas máquinas como
o submarino (destacamos); mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os
núcleos espirituais superiores preferem aplicar aparelhos de transição. Além
disso, em muitos casos, não se pode prescindir da colaboração dos animais.”
Aqui estacamos para indagar
de nossos leitores: os “Samaritanos”, não estariam equipados com roupas
especiais para aquele “mergulho” na referida sub-Dimensão umbralina, na qual,
inclusive, lhes seria difícil respirar com facilidade?! Vocês se recordam de
que, no livro “Libertação”, André Luiz, na companhia de Gúbio e Elói, necessita
se materializar para ser percebido na cidade dos “gregorianos”, ou dos
“draconianos”?!
*
Apenas com o propósito de
melhor auxiliar na reflexão daqueles que nos prestigiam com a sua atenção neste
Blog, informamos que há um livro de autoria de Chico Xavier, publicado pela
Editora GEEM, de São Bernardo do Campo – SP, com o sugestivo título
“Astronautas do Além”.
O que, portanto, diante do
exposto, os leitores atentos da Obra Andreluizina têm a nos dizer?!
INÁCIO FERREIRA – Blog
Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 2 de outubro de
2017.
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