8.10.15

A Obra do Bem

A obra do Senhor pede-nos determinação.
O que quer dizer isso?
Quer dizer que a acomodação não pode dar lugar à ação.
Quando ficamos arrodeados de problemas menores esquecemos de ver as responsabilidades que possuímos e mal damos conta.
O desafio que o Senhor nos colocou a mão é operar na sua obra incansavelmente, sem titubear, sem tempo para descanso.
É claro que os prazeres da Terra nos irão convidar para usufrui-los e eles são muito bons e belos, muitos deles, mas devemos focar as nossas ações porque o tempo presente exige de todos nós que possamos contribuir com a obra do Senhor.
Que obra é esta, perguntaria você. Vou, mais uma vez, lembrá-lo.
Quando Jesus esteve entre nós trouxe-nos a boa notícia de que se iniciava naquele momento a construção do reino de Deus na Terra. Pois bem, deu o seu exemplo e pediu-nos que o seguíssemos. Se, de fato, o amassemos deveríamos ter em conta nas nossas mentes os seus ensinamentos. Portanto, pediu-nos que o seguisse de maneira plena e imediata.
Jesus quer a nossa ação no bem e este bem é oportunidade diária de redenção.
O bem aos pobres que nos procurarem ou que nos depararmos com as suas necessidades.
O bem para quem sofre numa cama por causa de uma doença qualquer.
O bem de promover a paz e o entendimento no cotidiano das relações.
O bem de lutar contra a injustiça, não ficando de braços cruzados diante das desigualdades e da mentira.
O bem de promover a paz social quando lutamos por leis mais justas.
O bem de sermos, nós mesmos, a imagem do Cristo.
E, neste caso, não há bem maior.
Este desafio é diário, meus caros, não temos tempo a perder.
Quando nos deparamos com algum quadro de injustiça, pobreza, desalento, má sorte, um sofrimento qualquer de alguém, eis aí a oportunidade de fazer o bem e de dar a sua cota de contribuição para a edificação de um mundo melhor consoante os desígnios dados pelo Nosso Senhor.
Olhai os lírios do campo...
Que quis dizer o Nosso Senhor? Falou-nos para nos preocuparmos com aquilo que de fato importa, o demais, o complemento, o sustento, haverá de ter a sua participação naturalmente.
Sei que você pode me dizer: “Dom Hélder, para o senhor é fácil, o senhor já morreu, não precisa se preocupar com estas coisas, mas nós estamos aqui e precisamos do sustento diário”.
Não nego esta realidade e a compreendo muito bem, mas o desafio é exatamente este, meus filhos, estar no mundo sem ser do mundo, como nos lembrou o apóstolo Paulo.
Claro que vamos atrás do pão de cada dia, é imprescindível, mas não esqueçamos jamais que a prioridade das prioridades é o pão do espírito.
O desafio está justamente em conciliar as duas necessidades, dando destaque principal às coisas do Senhor.
Façamos a nossa parte na construção do bem na Terra. Em muitos casos poderemos fazê-lo sem qualquer esforço adicional, mas tendo, tão somente, boa vontade.
Que Deus nos abençoe!

Helder Camara

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