A obra do Senhor pede-nos determinação.
O que quer dizer isso?
Quer dizer que a acomodação não pode dar
lugar à ação.
Quando ficamos arrodeados de problemas
menores esquecemos de ver as responsabilidades que possuímos e mal damos conta.
O desafio que o Senhor nos colocou a mão é
operar na sua obra incansavelmente, sem titubear, sem tempo para descanso.
É claro que os prazeres da Terra nos irão
convidar para usufrui-los e eles são muito bons e belos, muitos deles, mas
devemos focar as nossas ações porque o tempo presente exige de todos nós que
possamos contribuir com a obra do Senhor.
Que obra é esta, perguntaria você. Vou, mais
uma vez, lembrá-lo.
Quando Jesus esteve entre nós trouxe-nos a
boa notícia de que se iniciava naquele momento a construção do reino de Deus na
Terra. Pois bem, deu o seu exemplo e pediu-nos que o seguíssemos. Se, de fato,
o amassemos deveríamos ter em conta nas nossas mentes os seus ensinamentos.
Portanto, pediu-nos que o seguisse de maneira plena e imediata.
Jesus quer a nossa ação no bem e este bem é
oportunidade diária de redenção.
O bem aos pobres que nos procurarem ou que
nos depararmos com as suas necessidades.
O bem para quem sofre numa cama por causa de
uma doença qualquer.
O bem de promover a paz e o entendimento no
cotidiano das relações.
O bem de lutar contra a injustiça, não
ficando de braços cruzados diante das desigualdades e da mentira.
O bem de promover a paz social quando
lutamos por leis mais justas.
O bem de sermos, nós mesmos, a imagem do
Cristo.
E, neste caso, não há bem maior.
Este desafio é diário, meus caros, não temos
tempo a perder.
Quando nos deparamos com algum quadro de
injustiça, pobreza, desalento, má sorte, um sofrimento qualquer de alguém, eis
aí a oportunidade de fazer o bem e de dar a sua cota de contribuição para a
edificação de um mundo melhor consoante os desígnios dados pelo Nosso Senhor.
Olhai os lírios do campo...
Que quis dizer o Nosso Senhor? Falou-nos
para nos preocuparmos com aquilo que de fato importa, o demais, o complemento,
o sustento, haverá de ter a sua participação naturalmente.
Sei que você pode me dizer: “Dom Hélder,
para o senhor é fácil, o senhor já morreu, não precisa se preocupar com estas
coisas, mas nós estamos aqui e precisamos do sustento diário”.
Não nego esta realidade e a compreendo muito
bem, mas o desafio é exatamente este, meus filhos, estar no mundo sem ser do
mundo, como nos lembrou o apóstolo Paulo.
Claro que vamos atrás do pão de cada dia, é
imprescindível, mas não esqueçamos jamais que a prioridade das prioridades é o
pão do espírito.
O desafio está justamente em conciliar as
duas necessidades, dando destaque principal às coisas do Senhor.
Façamos a nossa parte na construção do bem
na Terra. Em muitos casos poderemos fazê-lo sem qualquer esforço adicional, mas
tendo, tão somente, boa vontade.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara
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