O tempo e o ser, do átomo ao arcanjo
Gostaria de reunir um grupo de
pessoas (engenheiros, biólogos, médicos, psicólogos e pessoas como eu sem
diploma, mas que gostem de aprofundar os estudos), para mergulhar minuciosamente
no assunto acima, tendo como base o espiritismo.
O referencial do estudo
poderia ser os trechos de livros espíritas reunidos abaixo, onde é possível ver
a profundidade que um estudo desses poderia ter.
Tenho quase certeza que
consigo uma sala em um horário pré estabelecido, uma vez por semana por exemplo,
para nos reunirmos.
Se você gostaria de participar de um estudo desses me
escreva pelo e-mail ler@folha.com.br
conforme o retorno que tiver lhes manterei informados.
Grato,
Toninho Barana
Trechos de livros espíritas relacionados ao tema
em pauta, por Adams Auni
“Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me
considerar rei do espaço” – O Universo numa casca de noz, Stephen Hawking -
(Shakespeare, Hamlet, Ato 2, Cena 2)
“... É
assim que tudo serve, tudo se encaixa na natureza, desde o átomo primitivo até o
arcanjo que começou pelo átomo...” Livro dos Espíritos - questão 540.
“...
Ainda que sob certo ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele
se distingue por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse matéria,
não haveria razão para que o Espírito não o fosse também.” Livro dos Espíritos -
questão 27.
No princípio de tudo havia o nada e com uma explosão se dá início
ao universo conhecido. Não havia o tempo. Nada além de uma concentração de
matéria “adensada”, a ser manipulada por uma consciência.
“O que é Deus?
Inteligência (consciência) suprema, causa (causador, observador) primeira de
todas as coisas”. Livro dos Espíritos - questão 1.
No experimento da
dualidade onda partícula o observador define o momentum se a matéria é onda ou
partícula. Deus é esse observador supremo, a colapsar uma “singularidade”
quântica a 14,5 bilhões de anos e assim surgir esse nosso “pequeno”
Universo.
“Sendo Deus, por sua natureza toda a eternidade, criou desde toda a
eternidade, e isto não poderia ser de outro modo...”. (livro: A Gênese, cap. VI,
item XIV).
“Portanto o começo absoluto das coisas remonta a Deus... O
Universo nasceu criança... Revestido das leis... A matéria cósmica primitiva
deu, sucessivamente, nascimento a turbilhões, a aglomerações desse fluido
difuso, a amontoado de matéria nebulosa que se dividiram... E se modificaram ao
infinito, para gerar, nas regiões incomensuráveis do espaço, diversos centros de
criações simultâneas ou sucessivas.” (livro: A Gênese, cap. VI, item XV).
O
tempo é um constructo energético e mental, que segundo Leon Denis, definido pela
existência de um “psiquismo” que dormita desde o mineral.
“... Talvez
espírito e matéria não sejam mais do que simples palavras, exprimindo de maneira
imperfeita as duas formas da vida eterna, a qual dormita na matéria bruta,
acorda na matéria orgânica, adquire atividade, se expande e se eleva no
espírito” (Cap. III do livro O problema do ser, do destino e da dor).
O
tempo é uma propriedade da matéria e uma dimensão material, acumulada e
registrada ao longo dos eivos milenares em todos os reinos da natureza, tal qual
a citação de Leon Denis, biologicamente desde a primeira organela “viva” até o
ser humano, auto perceptivo, através dos ciclos circadianos. (Ritmo circadiano,
ou ciclo circadiano, ciclo biológico do corpo humano ou de qualquer outro ser
vivo, influenciado pela luz solar).
O tempo, resultante do processo
energético e entrópico da matéria em sua desagregação continua, que o efeito se
dá pelo seqüenciamento e percepção de desordem na ordem.
“... O tempo é a
sucessão das coisas... Ora, há apenas alguns minutos que avançamos, e centenas
de milhões de quilômetros já nos separam da Terra, bilhões de mundos passaram
sob o nosso olhar e, entretanto, escutai, na realidade, não avançamos um passo
sequer no Universo... Eis aí o que é o espaço!”. (livro: A Gênese, cap. VI, item
I e II, O Espaço e o Tempo, Espírito Galileu)
Tempo e espaço, tendência
geométrica de desconstrução, levando-nos a crer em uma direção marcada pelo
compasso de sucessões entrópicas. Da matéria surge a matéria. Da matéria surgem
os universos. Tudo imerso na consciência cósmica do criador e dela fato
“colapsador”.
“... Podemos estabelecer como princípio absoluto que todas as
substâncias conhecidas e desconhecidas... Na verdade são as diferentes formas
sob as quais a matéria se apresenta. São as variedades em que ela se transformou
sob a direção das inúmeras forças que a governam.” (livro A Gênese, Cap. VI,
item III, A Matéria).
Movimentos contínuos fazem progredir e expandir a massa
que se forma e amalgama com o calor das fusões atômicas e choques
eletromagnéticos radiantes.
O espaço passa a ser formado do nada imanente por
determinação da consciência maior. A atuação desde sempre de uma consciência
sobre a energia, logo sobre a matéria, interferindo e interagindo, permeando os
elementos, promovendo o intercambio e para isso disponibiliza parte de sua
própria parcela consciêncial em tudo que realiza.
Há consciência em tudo que
se entende por material, em todas as formas passivas, ativas, reflexivas e
criadoras em si. Rumo ao infinito de si mesmo surge as formas primárias de vida,
geradas pela luz da consciência. Vida na matéria é “vida” material e um
componente dualístico envolve cada átomo material em vida.
A própria vida
existe inerte nos átomos de forma letárgica e latente. Os processos acumulativos
seguem e a fazem caminhar rumo à agregação de múltiplas e milhares oportunidades
de estudo e absorção da informação, rumo à própria complementação a unificação
das forças físicas, psicofísicas e psicobiofísicas da eternidade.
Nos
cristais inorgânicos protéicos de RNA, no acumulo de informação junto aos
filamentos de duplicação dos DNA’s, mesmo os mais simples, em suas primeiras
combinações se expressaria as primeiras formas de vida no planeta.
“... O
olhar daquele que pode perceber o modo de agir a natureza, apenas vê, sob os
materiais que constituem o mundo,a matéria cósmica primitiva, simples e una,
diversificada em certas regiões a época de seu aparecimento...”. (livro A
Gênese, cap. VI, item V).
“Existem questões, que nós mesmos, espíritos
amantes da Ciência, não saberíamos aprofundar e sobre as quais só poderíamos
emitir opiniões pessoais, mais ou menos conjecturais. Sobre essas questões eu me
calarei ou justificarei minha maneira de ver... Portanto, àqueles que fossem
tentados a ver nas minhas palavras apenas uma teoria ousada, direi: se for
possível, abrangei com um olhar investigador a multiplicidade das manifestações
da natureza e reconhecerei que, se não se admitir a unidade da matéria...”
(livro A Gênese, cap. VI, item VI).
“... Se observarmos tal diversidade da
matéria é porque, existindo um numero ilimitado de forças que presidiram, as
suas transformações e de condições que essas transformações se produziram, as
combinações da matéria não podiam ser senão ilimitadas...” (livro A Gênese, cap.
VI, item VI).
Tudo caminha conciso para a direção da luz em eternas batalhas
interiores transportam a frente e além, diante de forças somáticas do ser. A
busca se inicia, o sagrado ganha consciência e a reflexão promove ao
arrependimento e nova onda de transformação ocorre.
Fenômenos nos compostos
da matéria se organizam a promover o enlace da fé e ciência, com o clareamento
das oportunidades consideradas inúteis e provocantes do bem e do mal. As forças
atuantes combinam energia e sabedoria. A matéria não é mais a mesma e se conhece
suas sub partículas e como funcionam em suas relações
infinitesimais.
Determina-se a partícula elementar e a formação do ser não é
mais a mesma. Fica incontestável a sua origem e suas propriedades, formando um
novo ser para um novo amanha.
“... Então, logo que venho tratar aqui da
questão das leis e das forças que regem o Universo, eu, que apenas, sou como
vós, um ser relativamente ignorante em relação a verdadeira Ciência, apesar da
aparente superioridade que me dá, sobre os meus irmãos da Terra, a possibilidade
que me cabe de estudar questões naturais que lhes são proibidas... meu objetivo
é somente vos expor a noção geral das leis universais, sem explicar
detalhadamente o modo de ação e a natureza das forças que decorrem dessas leis.
(Cap. VI, As leis e as forças, item IX)
“Existe um fluido etéreo que preenche
o espaço e penetra todos os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica
primitiva, geradora do mundo e dos seres. A ele são inerentes as forças que
presidiram as transformações da matéria, as leis imutáveis e necessárias que
regem o mundo.
Essas forças múltiplas, indefinidamente variadas segundo as
combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus
modos de ação segundo as circunstancias e os meios, são conhecidas na Terra pelo
nome de gravidade, coesão2, afinidade2, atração2, magnetismo1 e eletricidade1
ativa.
Hoje a física denomina: força gravitacional, (2)
força forte, (2) força fraca e força forte (1) eletromagnética.
Os movimentos vibratórios do agente são
conhecidos pelos nomes de som, calor, luz [radiações, ondas eletromagnéticas
]... Ora assim como só há uma substancia “simples”... Geradora de todos os
corpos, mas diversificada em suas combinações, assim também essas forças
dependem de uma lei universal, diversificada em seus efeitos, que se acha em sua
origem, e que, pelos desígnios eternos...” (Cap. VI, As leis e as forças, item
X).
O espírito Galileu cita algo como a Teoria do Campo Unificado, que busca
explicar o macrocosmo e o microcosmo em uma unicidade, uma das grandes
contribuições nesse sentido é a Teoria das Cordas ou Supercordas, um de seus
defensores é o físico Brian Greene, em seus livros: “O tecido do cosmo” e “O
Universo elegante”.
Contudo a caminhada não se encerra, formam-se plêiades de
contextualizações de superior beleza, contribuindo para si e para outros,
promovendo mudanças e reformulações.
Atingindo a sublimitude do entendimento
nas asas de arcanjos perfeitos em justa sintonia com as flores estelares e as
árvores do universo.
Somos seres “viajantes” e não seres “caminhantes” e ao
nos elevarmos, nos verticalizarmos em nossas observações celestes, percebemos ou
ao menos nos questionamos mais conscientes de si mesmos: De onde vim, o que faço
aqui e para onde vou?
“Se tivermos compreendido bem a relação, ou antes, a
oposição entre eternidade e o tempo, se nos familiarizarmos com a idéia de que o
tempo não é mais que uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias...”
(A Gênese, Cap. VI, A criação primária, item XIII).
Existe uma semente
angelical presente em cada minúscula subpartícula, expressando-se cada vez mais
a medida que avança no conhecimento de si mesmo.
O arcanjo não é o limite,
longe ainda de nossas possibilidades infinitas que estarão a descerrar um novo
horizonte todos os dias.
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