FIM DA VAIDADE HUMANA
O Império Romano, que poderia ter levado a efeito a
fundação de um único Estado na superfície do mundo, em virtude da maravilhosa
unidade a que chegou e mercê do esforço e da proteção do Alto, desapareceu num
mar de ruínas, depois das suas guerras, desvios e circos cheios de feras e
gladiadores.
O imenso organismo apodreceu nas chagas que lhe abriram a
incúria e a impiedade dos próprios filhos e, quando não foi mais possível o
paliativo da misericórdia dos espíritos abnegados e compassivos, dada a
galvanização dos sentimentos gerais na mesa larga dos excessos e prazeres
terrestres, a dor foi chamada a restabelecer o fundamento da verdade nas
almas.
Da orgulhosa cidade dos imperadores não restaram senão pedras sobre
pedras. Sob o látego da expiação e do sofrimento, os Espíritos culpados trocaram
a sua indumentária para a evolução e para o resgate no cenário infinito da vida,
e, enquanto muitos deles ainda choram nos padecimentos redentores, gemem sobre
as ruínas do Coliseu de Vespasiano os ventos tristes e lamentosos da
noite.
Livro: A Caminho da Luz - Francisco C. Xavier - Emmanuel
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