30.7.18

X – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER


Terminada a alocução do Ministro Flácus, André, no segundo capítulo de “Libertação”, esclarece que o Instrutor Gúbio, entrara em conversação com ele e Elói, esmiuçando informações em torno da “arregimentação inteligente dos espíritos perversos”, que insistem em manter os encarnados cativos da ignorância espiritual.
Gúbio, sem rodeios, diz que tais espíritos organizam “verdadeiras cidades, em que se refugiam falanges compactas de almas que fogem, envergonhadas de si mesmos...” E acrescenta que “tais colônias perturbadoras devem ter começado com as primeiras inteligências terrestres entregues à insubmissão e à indisciplina ante os ditames da Paternidade Celestial”.
Notem, pois, os nossos companheiros, que, nos Planos da Erraticidade existem um sem número de cidades, que terminam por constituir estados e países – assim como na Crosta existem países, uns mais adiantados que outros, localizados no chamado “primeiro”, no “segundo”, ou no “terceiro mundo”, a realidade, no Planeta Espiritual é idêntica, também com a existência de países evoluidos uns, e subdesenvolvidos outros. Não obstante, a ação dos espíritos infelizes não se faz sentir, evidentemente, apenas sobre os encarnados, mas também entre si. Nas Dimensões além da Terra, com certeza, ainda subsiste a luta pelo poder e a tentativa de domínio do forte pelo mais fraco.
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Gúbio, em seu diálogo com os pupilos, afirmam que semelhantes entidades “arrebanham-se de conformidade com as tendências inferiores em que se afinam, ao redor da Crosta Terrestre, de cujas emanações e vidas inferiores ainda se nutrem...”. É um processo de vampirização coletiva! E, claro, nesse processo de vampirização coletiva, nos deparamos com o grave problema da fascinação que acomete pequenos, médios e grandes grupos de pessoas, que agem como “intermediários” dessas mentes fora do corpo, que incitam o homem à rebeldia e à guerra, não importando do que tenham que se valer para tanto.
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O Instrutor ainda elucida: “O objetivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo mental da criatura humana, a fim de que o Planeta permaneça, tanto quanto possível, sob seu jugo tirânico”.
Não olvidemos que “Nosso Lar” que, nos tempos idos, era uma “cidade murada”, com o propósito de se defender de possíveis invasões de hordas das trevas, continua sendo uma cidade que sempre se mantém vigilante em suas fronteiras – como, na Terra, cidades e países procuram vigiar os seus limites geográficos.
O espírito encarnado – esse “estranho ser”, que, a mim, por vezes, mais se assemelha a um molusco vivendo num corpo humano – ainda se contém em considerável grau de selvageria, e, se possível, fosse, cidades, estados e países viveriam invadindo uns aos outros, reclamando a sua posse.
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Portanto, o Bem, que carece de se defender, não pode, sob pena de escravização, apassivar-se ante a sanha do mal.
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André Luiz, após escutar Gúbio, escreve no capítulo II, ora em estudo, que, após a desencarnação, embora tivesse permanecido retido em zonas umbralinas, não se deparara com tais organizações inferiores, e, por isto, custava-lhe admitir “que as atividades maléficas gozassem de organismo diretor”. Destaquemos: “organismo diretor” – quer dizer, com organização hierárquica, semelhante à qual, infelizmente, o crime organizado conta na Terra – e não somente através de seus “comandos” encarcerados, mas dos que militam, com outros propósitos, em plena liberdade, até mesmo no campo da política humana.
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A situação atual do homem, espírito encarnado, é grave e muito séria.
As trevas muito haverão de lutar para não perderem o domínio – embora hoje, parcial – do orbe terrestre. Parcial, porque, com o advento de Jesus Cristo, a luz resplandeceu no coração das sombras, e, assim, teve início o processo de redenção da Humanidade.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 30 de julho de 2018.

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