Terminada a alocução do
Ministro Flácus, André, no segundo capítulo de “Libertação”, esclarece que o
Instrutor Gúbio, entrara em conversação com ele e Elói, esmiuçando informações em
torno da “arregimentação inteligente dos espíritos perversos”, que insistem em
manter os encarnados cativos da ignorância espiritual.
Gúbio, sem rodeios, diz que
tais espíritos organizam “verdadeiras cidades, em que se refugiam falanges
compactas de almas que fogem, envergonhadas de si mesmos...” E acrescenta que
“tais colônias perturbadoras devem ter começado com as primeiras inteligências
terrestres entregues à insubmissão e à indisciplina ante os ditames da
Paternidade Celestial”.
Notem, pois, os nossos
companheiros, que, nos Planos da Erraticidade existem um sem número de cidades,
que terminam por constituir estados e países – assim como na Crosta existem
países, uns mais adiantados que outros, localizados no chamado “primeiro”, no
“segundo”, ou no “terceiro mundo”, a realidade, no Planeta Espiritual é
idêntica, também com a existência de países evoluidos uns, e subdesenvolvidos
outros. Não obstante, a ação dos espíritos infelizes não se faz sentir,
evidentemente, apenas sobre os encarnados, mas também entre si. Nas Dimensões
além da Terra, com certeza, ainda subsiste a luta pelo poder e a tentativa de
domínio do forte pelo mais fraco.
*
Gúbio, em seu diálogo com os
pupilos, afirmam que semelhantes entidades “arrebanham-se de conformidade com
as tendências inferiores em que se afinam, ao redor da Crosta Terrestre, de
cujas emanações e vidas inferiores ainda se nutrem...”. É um processo de
vampirização coletiva! E, claro, nesse processo de vampirização coletiva, nos
deparamos com o grave problema da fascinação que acomete pequenos, médios e
grandes grupos de pessoas, que agem como “intermediários” dessas mentes fora do
corpo, que incitam o homem à rebeldia e à guerra, não importando do que tenham
que se valer para tanto.
*
O Instrutor ainda elucida: “O
objetivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo
mental da criatura humana, a fim de que o Planeta permaneça, tanto quanto
possível, sob seu jugo tirânico”.
Não olvidemos que “Nosso Lar”
que, nos tempos idos, era uma “cidade murada”, com o propósito de se defender
de possíveis invasões de hordas das trevas, continua sendo uma cidade que
sempre se mantém vigilante em suas fronteiras – como, na Terra, cidades e
países procuram vigiar os seus limites geográficos.
O espírito encarnado – esse
“estranho ser”, que, a mim, por vezes, mais se assemelha a um molusco vivendo
num corpo humano – ainda se contém em considerável grau de selvageria, e, se
possível, fosse, cidades, estados e países viveriam invadindo uns aos outros,
reclamando a sua posse.
*
Portanto, o Bem, que carece
de se defender, não pode, sob pena de escravização, apassivar-se ante a sanha
do mal.
*
André Luiz, após escutar
Gúbio, escreve no capítulo II, ora em estudo, que, após a desencarnação, embora
tivesse permanecido retido em zonas umbralinas, não se deparara com tais
organizações inferiores, e, por isto, custava-lhe admitir “que as atividades
maléficas gozassem de organismo diretor”. Destaquemos: “organismo diretor” –
quer dizer, com organização hierárquica, semelhante à qual, infelizmente, o
crime organizado conta na Terra – e não somente através de seus “comandos”
encarcerados, mas dos que militam, com outros propósitos, em plena liberdade,
até mesmo no campo da política humana.
*
A situação atual do homem,
espírito encarnado, é grave e muito séria.
As trevas muito haverão de
lutar para não perderem o domínio – embora hoje, parcial – do orbe terrestre.
Parcial, porque, com o advento de Jesus Cristo, a luz resplandeceu no coração
das sombras, e, assim, teve início o processo de redenção da Humanidade.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 30 de julho de
2018.
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