29.7.18

"O INTERSTÍCIO DAS EXPERIÊNCIAS CARNAIS..."


     Dando continuidade às nossas reflexões sobre a importância do tempo de permanência do espírito no Mundo Espiritual, após a desencarnação, para que os nossos irmãos não fiquem apenas com a nossa palavra, recorremos a André Luiz, no capítulo 17 do livro "Nosso Lar".
     Recebendo alta hospitalar (André estava se submetendo a tratamento médico com o Dr. Henrique de Luna, das sequelas que lhe haviam ficado no corpo espiritual após o desenlace físico - isto aqui, por si só, é um fato que nos leva a pensar sobre a fisiologia do perispírito!), André Luiz, na companhia de Lísias foi conversar com Clarêncio.
    "- Guarde este documento - disse-me o atencioso Ministro do Auxílio -, entregando-me pequena caderneta -, com ele, poderá ingressar nos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação e do Esclarecimento, durante um ano. Decorrido esse tempo, veremos o que será possível fazer relativamente aos seus desejos. Instrua-se, meu caro. Não perca tempo. O interstício das experiências carnais deve ser bem aproveitado."
     Com a permissão de nossos amigos internautas, recordo-me aqui de um caso contado por Chico. Um amigo estava em sua casa instalando uma "moderna" antena parabólica (daquelas que pesavam quase 200 kg!), que Eurípedes, hoje o Dr. Eurípedes Humberto Higino dos Reis, havia ganhado. Ao sair da cozinha, Chico avistou o técnico em cima do telhado tentando direcionar a antena para captar o sinal do satélite...
     - Uai, meu filho! O que você está fazendo aí? - perguntou o médium como se nada soubesse.
     - Chico - respondeu o jovem -, eu estou tentando captar o sinal do satélite...
     - Como é que você vai fazer isso meu filho? - indagou, preocupado.
     - Essa mediunidade, Chico, sou eu que tenho, e não você! - redargüiu Hamilton, bem-humorado e sem saber que "cutucava a onça com vara curta".
     O médium, longe de sentir ofendido com a resposta, sorriu e contou:
     - Pois eu vou lhe dizer uma coisa, meu filho. Quando estava psicografando "Nosso Lar", em 1943, em determinado capítulo, temendo estar sendo vítima de algum espírito mistificador, parei de escrever... Preocupados, Emmanuel e André Luiz, certa noite, me retiraram do corpo e me levaram para conhecer a cidade - eles queriam que eu soubesse que não estava alucinado, que tudo aquilo era real!
     - E daí, Chico? - interrogou Hamilton sobre a laje do quarto de Eurípedes.
     - Daí que, já naquela época, há quase quarenta anos atrás, todas as casas de "Nosso Lar" estavam equipadas com a tal de antena parabólica, que só agora está chegando por aqui...
     Interessante é que a revelação feita por Chico não consta da obra. Vejam vocês: "Nosso Lar" não é uma colônia de veraneio!"Instrua-se, meu caro!" - recomendou Clarêncio a André Luiz.
     O Mundo Espiritual, para quem quer, é como a Terra: lugar de muito aprendizado e de muita luta! Ninguém desencarna apenas para ficar na expectativa da próxima encarnação, não! A barra aqui, como por aí mesmo, é pesada! Nós, deste Outro Lado, simplesmente pousamos o pé no próximo degrau da escada quase infinita da Perfeição! Para nós, o Plano Espiritual é mais acima!
     Resumindo: no "interstício", ou seja, entre o lapso de tempo de uma encarnação e outra dá para se fazer muita coisa e voltar à Terra em condições melhores. Pelo exposto, dá até para trabalhar na televisão! E como mostrou Paulino Garcia, no seu "Viver é Para Sempre", trabalhar no teatro! Aqui ninguém fica desempregado, não! Só mesmo os espíritos indolentes que, em parte alguma do Universo, encontram o que fazer.
     Gente, tanta coisa para falar! Mas, como diz um amigo meu, que, por acaso, é médium: "é muita ideia para pouca mão!"
     Com o meu carinhoso abraço,
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

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