20.7.18

VIGILÂNCIA CRISTÃ


    I. A RECOMENDAÇÃO DE JESUS
    "Vigiai e orai, para não cairdes em tentação", recomendou Jesus (Mateus, 26:41).
    Vigiar, no caso, significa estar alerta, atento, observando cuidadosamente o que se passa.
    O que vigiar?
    A recomendação de Jesus é, sem dúvida, quanto ao aspecto espiritual. Somos, fundamentalmente, espíritos mas estamos ligados ao plano material. Portanto, devemos estar alerta, vigilantes, com a própria vida, em relação a tudo e a todos.
    Como vigiar?
    Observando e analisando, do ponto de vista espírita, no entendimento cristão, os pensamentos, sentimentos, palavras e atos, tanto os nossos (principalmente) como também os dos outros encarnados e desencarnados).
    Para que vigiar?
    "Para não cairdes em tentação", explica Jesus. Ou seja, para não ceder à instigação ou estímulo para o que for mau. Não é para conhecer e criticar nem para temer ou agredir, mas para procurar evitar o erro ou corrigi-lo.
    Vigiemos, pois. Estejamos atentos:
    1) A nós mesmos
    a) Para não ensejarmos sintonia mental ou afinidade fluídica com os espíritos inferiores, encarnados ou não.
    Ex.: Atrações infelizes no campo do sexo ou da ambição, etc. e que podem, até, vir a ocasionar obsessão.
    b) Para não gerar dificuldades ou complicações.
    Ex.: Preguiça gerando pobreza, irritação constante produzindo doença.
    c) Para não provocar reações más em nossos semelhantes.
    Ex.: Violência que suscita desejo de revanche, exploração que traz a revolta e o ódio.
    d) Para não errarmos na resposta a dar aos estímulos e provas naturais que a vida terrena nos enseja.
    Ex.: Fazer o bem e não reagir ao mal com o mal.
    2) Aos outros
    a) Para não acompanharmos seus erros, não aceitarmos suas sugestões más:
    b) Para não deixarmos que nos prejudiquem moral e espiritualmente;
    c) Para ajudá-los no que pudermos, se notarmos que precisam de algo material ou espiritualmente.
    3) A tudo com que estivermos relacionados.
    Para corrigir o que estiver errado e desenvolver e aperfeiçoar o que estiver certo em favor de todos.
    II. VÍCIOS E PAIXÕES
    Vício é todo ato prejudicial que nos desvia de nossas corretas funções, seja em que setor de atividade for, causando desgaste de energia e perda de tempo, sem produzir o bem e o progresso.
    Paixão é o excesso ou descontrole nos sentimentos e nas emoções.
    Devemos comandar nossas necessidades e sentimentos. A partir do momento em que eles é que passem a nos dirigir, estaremos escravizados sob o vício ou a paixão.
    Excessos na vida corpórea causam efeitos prejudiciais no campo fluídico. André Luiz examinou alguns casos assim:
    a) Sexo: Desregramentos sexuais produziram bacilos psíquicos que influíam sobre as células geradoras, chegando a aniquilá-las.
    b) Álcool, fumo e tóxicos: Seu uso produzindo fluidos venenosos que abalaram o sistema nervoso e lesaram funções orgânicas. Quando abusivo, esse uso estabelece dependência e acarreta conseqüências muito danosas.
    c) Alimentação: - Excessos alimentares criaram parasitos fluídicos, além das alterações sofridas pelo que fora ingerido, prejudicando todo o aparelho digestivo, ficando evidente que se deve evitar a gula.
    Obs.: Em dia de estudos e práticas espirituais, para se estar bem disposto fisicamente, não desgastado nas energias, e poder estar bem assistido espiritualmente, deve-se evitar quaisquer vícios ou excessos. A refeição que preceder a reunião espiritual deve ser leve.
    III. O CORPO COMO UM TEMPLO
    "Derrubai este templo e em três dias eu o reconstruirei", afirmou Jesus. Referia-se ao seu  próprio corpo, pois somente o usava para servir a Deus, cumprir as leis divinas.
    Façamos também de nosso corpo um templo para o Senhor. É instrumento abençoado para aprendizado, resgate, serviço e comunicação com o próximo.
    Vigiemos o uso que fazemos dele. Evitemos prejudicá-lo com desvios ou excessos de qualquer tipo.
    IV. AS VIRTUDES
    Virtude é "a disposição firme e constante para a prática do bem", inclusive em favor do próximo,  sem interesse pessoal nem intenção oculta. Cultivemos a mansuetude, a humildade, a honestidade, a bondade, a sinceridade, a lealdade, a perseverança, a fé, enfim todas as qualidades morais que exornam o caráter de uma pessoa de bem.
    Também existe virtude em nós "toda vez que há  resistência voluntária ao arrastamento às más tendências".
    V. A ORAÇÃO
    Orar é comunicar-se com o plano espiritual superior, estabelecer ligação com ele. Para orar, não basta mover os lábios, produzir sons. É preciso elevar pensamentos e sentimentos, com toda convicção e fervor. Então, a oração alcança a fonte das bênçãos divinas, trazendo-­nos em resposta o benefício necessário e possível para a nossa sustentação na senda evolutiva.
    Vigiemos e oremos, constantemente, porque a oração e a vigilância asseguram a nossa integridade e o nosso bem estar, do corpo e da alma.

LIVROS CONSULTADOS:
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XVII, "O Homem de Bem".
De André Luiz: (psicografia de Francisco C. Xavier)
- "Missionários da Luz" - Cap. 3 - Desenvolvimento Mediúnico

Livro: "Iniciação ao Espiritismo", Therezinha Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário